Segunda-feira, 9 de Abril de 2007

queima do judas

 

 

Vila do Conde está, sem dúvida, voltada para as manifestações artísticas de rua. Quarta-feira passada foi a vez do Padre Domingos realizar uma muito teatral Via Sacra nocturna, numa quasi quasi Paixão "por" Cristo, para passados dois dias uns meliantes mais devotos do paganismo efectuarem uma terceira edição da Queima do Judas.

 

 

 

 

Posso dizer que gostei do espectáculo em geral. Houve momentos monótonos e incompreensíveis que provocaram a debandada de muita gente, devido à falta de ritmo. Um erro a corrigir em futuras edições, caso existam. A noite estava fria e exigia-se um ritmo mais vivo e o abuso repetitivo de "clichés", principalmente por parte do General Inverno, em nada beneficiavam o espectáculo.

 

 

 

 

Gosto do grupo Percurtir!. Tocam bem e foram responsáveis pela animação que se impunha em momentos monótonos. São simplesmente fantásticos e, como disse a minha amiga Cristin@, pareciam os espermatozóides do filme ABC do Amor do Woody Allen.

 

 

Fotog. by Repórter Xis

 

 

 

 

A Roque, como sempre, manteve o ar cool que a caracteriza até ao fim. Falou pouco, mas quando o fez, fê-lo com a energia que a caracteriza.... Muita coisa caracteriza esta miúda.

 

 

 

 

E eis o maldito, o facínora responsável por toda esta viagem ao passado, o Judas bem dependurado pelo pescoço num patíbulo resistente, não vá o Diabo permitir a sua fuga

 

 

 

 

Chegou a tão esperada hora de o ver a arder no fogo dos infernos, após a tão proclamada  leitura do testamento que assim o dita. Pena que o Testamento fosse vazio de conteúdo. Gostaria mais de que as palavras fossem dúbias, com segundo sentido, plenas de ironia e sarcasmo. Mas não! Um indicador de rapazes bem comportados, com um pé no futuro... ah ah ah...

 

 

 

 

O Xis resolveu montar um pequeno filme da queima. Afinal, o que nós queríamos mesmo, era ver o Judas a arder...

 

 

 

 

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publicado por siX às 14:36
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Sexta-feira, 6 de Abril de 2007

diário QD - Páscoa

 

 

Assim se comemora em Vila do Conde...

 

 

         

Fotos by Repórter Xis

 

 

 

 

 O QD deseja uma Santa Páscoa a todos.

 

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publicado por siX às 21:52
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a torre de abel

 

 

Abel Maia é de novo o presidente dos Bombeiros Voluntários Vilacondenses, um interregno de alguns anos enquanto se passeou pelos corredores ca Câmara. Fica-lhe bem, a profissão de Bombeiro!!!

 

 

 

 

Pena é que Abel ache incompatível o exercício das suas novas funções com a de "Opinion Maker" no jornal O Primeiro de Janeiro. Sinceramente, gostava de ler a sua coluna, e divertia-me à brava com as beliscadelas que trocava com o Miguel Paiva. Quem não se lembra das tentativas de uma tertúlia amistosa que acabou com acusações entre ambas as partes, mesmo sem esta ter sequer iniciado?

 

Enfim, vou sentir falta dos seus escritos, da sua perspicácia e ironia. Espero que um dia reconsidere, a bem da localidade.

 

 

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publicado por siX às 15:53
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Domingo, 4 de Fevereiro de 2007

a espuma dos dias

 

 

 

 

 

 

É inacreditável a atrocidade a que o Rio Ave tem sido sujeito. Nas últimas autárquicas muito se falou da necessidade da despoluição do rio e até se apontaram soluções a médio prazo nesse sentido, e nas dificuldades acrescidas pelo facto de o rio no seu traçado sinuoso atravessar diferentes municípios. É verdade. Mas, se nós não conseguimos arrumar a nossa própria casa, que moral temos em apontar o dedo ou até interferir na dos outros?

 

 

Já uma vez aqui referi descargas poluentes em Vilarinho, logo a seguir à ponte D. Zameiro. Agora, as descargas são efectuadas diariamente por algo ou alguém que, como por aqui se diz, tem as costas quentes, ou então despreza profundamente as regras mais básicas do respeito pelo ambiente e convivência humana, predispondo-se alegremente a violar a lei às claras ou na expectativa de que ninguém vê! Mas eu vejo, porque ali passo diariamente todos os dias bem cedo de manhã, certamente o momento escolhido para as efectuarem, já que pela tarde a “bela” espuma branca estará praticamente diluída nas águas do rio e é imperceptível para quem olha.

 

 

Espero sinceramente que este alerta chegue a quem de direito, por exemplo, ao responsável pelo Pelouro do Ambiente da Câmara, que há tempos foi lesto em criticar injusta e abertamente Pedro Macedo e a organização que representa, os Amigos de Mindelo, e se predisponha em investigar este caso que afecta abertamente a credibilidade do pelouro que dirige, inclusive a figura do próprio Presidente da Câmara, por tudo aquilo que disse no período eleitoral.

 

 

As fotos a seguir corroboram o que eu digo, todas tiradas em datas diferentes...

 

 

25-01-2007

 

 

27-01-2007

 

 

27-01-2007

 

 

29-01-2007

 

 

31-01-2007

 

 

01-02-2007

 

 

02-02-2007

 

 

Ah! As imagens são do Repórter Xis...

 

 

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publicado por siX às 20:41
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Sábado, 27 de Janeiro de 2007

um passeio a pé

 

 

Adoro passear por Vila do Conde, logo pela manhãzinha. Visto o fato de treino e desço em direcção à Praça da República. Passo pela recuperada Casa de S. Sebastião, já faz tempo…

 

 

    

 Fotog. by Rep Xis

 

e tempo faz que continua fechada, privando assim os vilacondenses de usufruírem dos seus jardins. Defronte, um outro solar em ruínas reclama a sua vez, ao que parece ser no futuro local de exposições de arte e mobiliário,

 

 

                  

            

 

 

que Vila do Conde é uma terra de contrastes… enfim, sigo em frente. Chegado ao rio, paro para descansar na sua berma. À minha esquerda ergue-se majestosamente o Mosteiro de Santa Clara. Consta que vai ser transformado em hotel de luxo e o arquitecto responsável é o renomeado Siza Viera, um arquitecto que ficou famoso pela manipulação da luz em interiores e que agora se dedica ao paisagismo, o que não é bem a mesma coisa pela qual famoso ficou.

 

 

 

 

O cheiro que emana do rio incomoda.

 

 

 

 

Outrora movimentado, não passa de um esgoto gigantesco que corre em direcção ao mar. Sinais de um progresso de que autarcas se orgulham por ele acima, mas eu sigo rio abaixo, em direcção à foz. Passo junto à zona dos antigos estaleiros e lembro a azáfama dos homens numa faina rara, de tão desvalorizada que foi que a deslocaram para a outra margem, terminando assim com um ciclo ancestral, tudo em prol do progresso.

 

 

 

 

 

O mesmo progresso que construiu uma marina linda, pequenina e vazia no mesmo local onde antigamente se elevavam traineiras e o bota-abaixo era efectuado em festa pelos naturais. O aspecto social ficou esquecido nesta zona. Quem vivia do movimento criado pelos trabalhadores, viu-se de repente privado do seu sustento. Agora, a zona é velha e decadente, pouco convidativa para quem espera a visita dos ricos pela via marítima. Diz-se que ali, nas suas águas, vão colocar uma nau quinhentista, para turista ver e apreciar. Uma espécie de museu! E eu nem quero imaginar o custo de manutenção de tal aparelho!!! À minha direita vislumbro o Convento do Carmo, utilizado para palestras, exposições e concertos e que se encontra agora encerrado, vá-se lá saber porquê!

 

 

 

 

Um pouco mais à frente, dou de caras com a nova ponte que une as duas margens da doquinha. Destruíram a antiga, num exercício da vontade soberana sobre a das gentes da vila.

 

 

  

 

 

A actual é feia e sem as linhas elegantes que a antiga ostentava. Sendo de ferro, contrasta vivamente com o granito que a rodeia. A Senhora do Socorro, no alto da sua ameia, é testemunha deste acto inexplicável…

 

 

 

 

Rodeio a ponte e paro na pastelaria “Ao Bom Doce”, indiferente ao progresso das pastelarias de fraca qualidade que crescem como cogumelos pela Vila e mantém a tradição da excelente doçaria, pela qual é conhecida. Sigo junto à berma do rio até ao local conhecido pela “Seca do Bacalhau”, que empregava imensos trabalhadores. Da seca do bacalhau apenas o nome ficou, porque a empresa que se dedicava à cura do peixe pelo método tradicional, fechou as portas devido às exigências do progresso. Estranho que agora o bacalhau mais procurado seja aquele pelo qual a sua cura tenha sido o até então efectuado! No seu local ficou um imenso vazio. Em frente, igualmente vazios, estão os imensos armazéns que, fala-se, vão ser transformados em restaurantes, bares e discotecas.

 

 

 

 

Um jornal local mencionou até por várias vezes a visita do jogador Figo e um seu sócio no campo da restauração a essas instalações, numa atitude de subserviência e parola perante os milhões do milionário jogador. Do Figo, sabe-se, está nas arábias a coleccionar dólares. Dos pavilhões, não se sabe nada.

 

 

 

 

Chego por fim à foz. Do meu lado esquerdo, o edifício dos Socorros a Náufragos continua imponente no horizonte e desactivado por falta de verba. Tanto se fala em milhões, tanto ricaço em Vila do Conde, mas nenhuma organização ou particular disponibiliza verbas para arranjar o degrau que impede o acesso ao rio do barco salva-vidas se uma urgência assim o exigir.

 

 

 

 

Sabe-se que está disponível um terreno para a construção de um heliporto… Como de costume, pensa-se em grande! Assim nos foram habituando. No entanto, tal pensamento, por muito nobre que seja, não é meritório quando a intenção é a prevenção no salvamento de vidas humanas… e tenho cá para mim que é preferível um velhinho barco a remos no mar que um terreno despojado de lindas máquina voadoras. Na minha caminhada passo pelo monumento alusivo à tentativa de desembarque dos liberais em 1832 na praia da Senhora da Guia.

 

 

 

 

Para trás fica a milenar Capela da Senhora da Guia, protectora das gentes do mar, agora recuperada.

 

 

  

 

 

Em frente está o magnífico Forte de S. João, ele também recuperado. A ideia passava por aproveitar as suas muralhas para no seu interior edificar uma unidade hoteleira que seria inaugurada com toda a pompa e circunstância. Assim aconteceu, tal como prematuro foi também o seu encerramento. O porquê permanece num daqueles mistérios insondáveis, uma espécie de secret file. Agora, o Forte é alugado nos meses de verão e transformado em discoteca, numa muito alusiva ideia progressista mas não futurista. Continuo pelo corredor junto às praias, desprovido de luz motivado pela romântica ideia do fantástico arquitecto considerar que o mar deve ser observado na penumbra, um pouco à imagem dos velhos filmes a preto e branco de Hollywood. Tal ideia luminosa afastaria os naturais da praia pois, tal como o arquitecto, também os amigos do alheio gostam da penumbra para levar a cabo impensáveis objectivos numa terra que se pretende pacífica, mas que os diários, de vez em quando, nos lembram que não é bem assim.

 

 

 

 

  

Desemboco em frente às duas únicas casas que resistiram à desenfreada ambição dos construtores, conhecidas pelos enigmáticos nomes de “Judeu” e “Santa Fé”.

 

 

 

 

No entanto, a Casa de Santa Fé já se encontra taipada, pelo que o seu futuro é uma incógnita. É difícil resistir aos avanços dos construtores, a partir do momento que se permitiu a especulação imobiliária. A especulação dos preços dos terrenos foi boa para os construtores, mas má para os naturais da vila. Os preços impensáveis dos apartamentos só estão acessíveis a bolsas de forasteiros endinheirados que utilizam Vila do Conde como dormitório de luxo. Não são parte activa na vida social da Vila, não se integram na comunidade. Os naturais são assim despejados da sua terra, por força de uma política de construção e recuperação de imóveis, mas desintegrante sob o aspecto social. Sigo em frente, em direcção à orgulhosa comunidade piscatória das Caxinas. Ali não há casas, apenas o muro que rodeia a propriedade conhecida como “Quinta do Engº Carvalho” e que ocupa toda a extensão entre Vila do Conde e as Caxinas. Como a quinta foi amuralhada em terreno pertencente à praia, ainda possui no seu interior as antigas dunas assim como um pinheiral fantástico, que muitos gostam de apontar como “Pulmão da Cidade”.

 

 

 

 

Ao que parece, de acordo com palavras do actual autarca, o terreno está futuramente destinado à construção de um condomínio fechado e de uma Fundação para o qual ainda não se sabe qual, mas lá se há-de chegar. Defronte à quinta, olho com desgosto a praia que frequentei com amigos.

 

 

 

 

Sem nome, apelidamo-la de “Praia do Rock’n Roll”. Possuía o maior areal das praias vilacondenses e era óptima para jogos de futebol e de acesso directo. Hoje, quem olhar para as dunas encostadas ao muro da quinta e para o aspecto da praia, não pode deixar de ficar impressionado com o desnível existente.

 

 

 

 

O acesso à praia já não se efectua de forma directa, mas sim por escada. Da estrada ao areal são, no mínimo, 3 a 4 metros de altura e em todo o seu comprimento de 1,5 Km, mais coisa menos coisa. Areia que desapareceu com as obras de requalificação da zona decorrentes no verão passado. Chegou-se a comentar sobre camiões que, pela calada da noite, lá se iam abastecer… E de dia, era o corrupio que se sabe! É com desgosto que lembro a minha visita às praias da Costa da Caparica e a minha estupefacção perante a dura realidade. A conquista selvagem de terrenos dunares é impressionante, de tal forma selvagem que as praias, propriamente ditas, não existem. Só com a maré baixa, é possível caminhar na areia. Quando sobe, os banhistas têm que se empoleirar nas pedras. Agora o mar reclama o que é seu. Tenho pena? Não, não tenho.

 

 

 

E é essa sensação de deja vu estupefacto que possuo ao observar a praia. O mar ali é perigoso e, quando a maré sobe, não é possível frequentar a praia com o risco de ser-se engolido pelo mar. Mas sempre podemos observar as ondas a baterem no muro de pedra construído propositadamente para o efeito, numa visão realista e progressista da prevenção, não fosse o diabo tecê-las e provocar a derrocada da estrada.

 

 

 

Nas Caxinas, atravesso a estrada e sento-me na esplanada do Café Suvani. Gosto de ali estar pela manhã, quando o trânsito rareia e se pode respirar o ar do mar, apreciar as suas cores. Estranho é uma esplanada estar em cima de alcatrão, a paredes-meias com o estacionamento! Não a valoriza minimamente e é feio. Num post ainda recente, um vilacondense referiu as “pedrinhas” com o devido desprezo que o comentário exigia, mostrando a sua preocupação pelas possíveis escorregadelas que tal piso, humedecido, provocaria, daí resultando cabeças rachadas e pernas e braços partidos. Sabendo que a nossa Urgência está de malas feitas para a vizinha Póvoa e da incapacidade da nossa autarquia em o impedir, seria realmente uma chatice.

 

Pegando na ideia ridícula de que o desequilíbrio é provocado por uma arte secular e muito portuguesa (não são muitos os relatos de cavalos de pernas partidas no tempo do Marquês de Pombal), não me desgostaria ver aqueles enormes passeios de alcatrão com as ditas pedrinhas no seu lugar e, quem sabe até, desenhadas com motivos decorrentes da faina da pesca.

 

 

 

 

As esplanadas ficariam valorizadas, mais atraentes e distintas. No fundo, toda aquela zona sairia a ganhar. No verão passado, estive em Borba e Vila Viçosa, onde o mármore é rei. Lá, principalmente em Borba, o mármore é utilizado para tudo, inclusive na construção de passeios e até de alguns caminhos. Bom, é sabido que o mármore é bem mais escorregadio que o calcário. E é com este pensamento divertido que me dirijo para casa, a imaginar os habitantes de Borba e Vila Viçosa em pleno desequilíbrio, reis aos tombos dos seus cavalos, carruagens destruídas, carros desgovernados pelas descidas íngremes… e um vilacondense espantado que a todos espantava, ao declarar: “Eu bem dizia!”

 

 

 

                             

 

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Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2007

política VC - as coisas que "eles" dizem

  

 

 

 

"Obrigado Carolina"

 

 

  Pedro Macedo dos Amigos de Mindelo, em terrenos algo contaminados pela kryptonita verde...

Não consigo evitar uma gargalhada sonora. :-)

 

 

 

Artigo... aqui.

 

 

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publicado por siX às 19:02
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Segunda-feira, 8 de Janeiro de 2007

local VC

 

 

Não fiquei surpreendido com o facto de a cidade de Vila do Conde não constar no rol daquelas que, pelas mais variadas razões, se destacaram no ano 2006. Na minha opinião, que vale o que vale, apesar de todas as obras, arquitectos de renome envolvidos, dívidas incomensuráveis, alterações de PDM, ataques à RAN e ROM e construção desenfreada, não foram suficientes para o aumento da qualidade de vida de cá do burgo. Tenho até na minha ideia que temos vindo a perdê-la!

 

 

 Fotog. by Repórter Xis

 

 

Construiu-se uma marina, linda e pequenina… Tão pequenina que, me questiono, para que servirá. Não tem capacidade para barcos de recreio de grande porte, à excepção de pequenos iates. E mesmo esses mareantes, ao desembarcar, vão querer diversão, restaurantes, hotéis, ou seja, tudo o que não possuímos… e a Póvoa tem. É verdade, no campo da restauração, Vila do Conde é um desastre. Para uma Cidade, contam-se pelos dedos os restaurantes com alguma qualidade. Fala-se no Centro Histórico, e pergunto-me, qual Centro? A Rua da Igreja está tomada pelos serviços camarários, contribuindo para que ninguém se aproxime dela. Não tem comércio. As Ruas do Lidador e S. Bento são lindas, mas grande parte das casas são só fachada ou está abandonada. Sem local de estacionamento, é um local de passagem para automóveis e nunca se falou da sua requalificação. S. Roque, idem. Reconstruiu-se o Solar com o objectivo de criar um centro cinematográfico que, pelo que me apercebi, só passa cinematografia desprovida de interesse que tem como principais clientes as moscas. Temos uma marginal incrível, como muito poucas cidades se podem gabar. Poderia ser linda, um ex-libris vilacondense. No entanto, a sua requalificação foi entregue a um indivíduo que desprezou as suas potencialidades para lograr escrever o seu nome num exercício de egocentrismo gigantesco. Falar do comércio vilacondense é falar no seu declínio. Com o avanço do projecto Nassica, as lojas entrarão numa fase de subsistência em que muito poucas sobrevirão, contribuindo ainda mais para uma Vila do Conde cinzenta e desolada. Já nem vou referir o facto de uma Cidade como a nossa não possuir ainda uma sala de espectáculos e de cinema. É ridículo termos que calcorrear os 24 Km que nos separam da cidade do Porto para assistir a uma sessão cinematográfica. O projecto megalómano Optimist, construído na zona dunar das praias de Azurara, é um desaforo à cultura vilacondense, só compreendido pela necessidade urgente de uma câmara endividada até mais não em realizar dinheiro, o que por si só não justifica este retrocesso de mentalidade. Enfim, Vila do Conde já não figura no mapa das cidades que se destacam, apesar de toda a obra feita.

 

 

O Six K Dick, na sua sabedoria intemporal, afirma o seguinte...

 

 

 

“À perda dos valores morais sobrevém a perda cultural. A identidade de um povo, região ou localidade tende a desaparecer quando a cultura do antigo é desprezada pelos dirigentes, afectos à entronização das estátuas.”

 

 

Assim falou Six K Dick…

 

 

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publicado por siX às 22:12
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Segunda-feira, 1 de Janeiro de 2007

dia um...

 

 

do ano...

 

 

Foto by Rep Xis

 

 

Primeira fotografia do ano...

 

Cá no burgo, a última noite do ano esteve surpreendentemente quente, a rondar os 15º!!! A festa é que foi fraquinha de todo. É cero que a Câmara já tinha anunciado o fim dos festejos populares, por questões orçamentais. Mas limitar o fogo de artifício a meia dúzia de petardos (um dos quais rebentou a dois metros de mim), foi excessivo... Até nas freguesias circundantes, o fogo mereceu mais aplausos que na capital do concelho. Enfim, uma pobreza franciscana...

 

 

E mais uma vez, o Quasi-Diário renova-se e volta a contar com a colaboração do Repórter Xis

 

 

 

 

 e também a do Kafka.

 

 

 

 

As aventuras destes dois podem continuar a ser seguidas aqui no QD, para gáudio dos seus admiradores e descanso meu...

 

 

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publicado por siX às 20:42
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Sábado, 23 de Dezembro de 2006

política VC - as coisas que "eles" dizem

 

 

 

 

"O sucesso de Vila do Conde não vem assentando na concretização desta ou daquela obra, mas sim por via de um desenvolvimento harmónico e sustentado distribuído por todo o concelho."  (via TA)

 

 

  Mário de Almeida no TA, presidente da câmara de Vila do Conde, sempre sustentado por uma espantosa harmonia de pensamentos...

 

 

Ao nosso Tio, que Deus o guarde por muitos e bons anos, deixo esta sugestão para presente natalício. o livro de Miguel de Cervantes, "D. Quixote de la Mancha", do qual retiro este pequeno trecho:

 

 

Quando nisto iam, descobriram trinta ou quarenta moinhos de vento, que há naquele campo. Assim que D. Quixote os viu, disse para o escudeiro:

- A aventura vai encaminhando os nossos negócios melhor do que o soubemos desejar; porque, vês ali, amigo Sancho Pança onde se descobrem trinta ou mais desaforados gigantes, com quem penso fazer batalha, e tirar-lhes a todos as vidas, e com cujos despojos começamos a enriquecer; que esta é boa guerra, e bom serviço faz a Deus quem tira tão má raça da face da terra.

 

 

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publicado por siX às 02:06
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Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2006

mil desculpas... chegam?!

 

 

É lamentável, mas este blog chegou ao fim... de um iato propositado.

 

Não me é de todo possível criar seja o que for estando eu com o pensamento ocupado em outra fonte (não de rendimento, note-se), tal como o blog! Claro que o blog não vai acabar. Espero poder continuar ainda durante uns bons anitos, até ficar com as pontas dos dedos gastas de tanto polimento incapaz de uma impressão digital...

 

 

 

 

Deixo esta prenda que a Cristin@ me ofereceu, retirada da varanda de sua casa. Extraordinária a varanda da Cristin@...

 

 

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publicado por siX às 22:59
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Domingo, 10 de Dezembro de 2006

política VC - as coisas que "eles" dizem

 

 

 

 

O quinzenário Terras do Ave mudou de director. Saiu Rui Silva e entrou Isabel Moreira. Anunciaram-se mudanças no jornal. Sou assinante há bem mais de uma década do dito jornal e tenho a legitimidade de “leitor”. Nesta coluna tenho defendido um jornalismo local, plural e na medida do possível isento. Não há solidariedade política, em pleno século XXI, que justifique a continuação do actual estado do jornalismo local. Fiquei com expectativas (?) de mudanças efectivas e não apenas de forma. O primeiro número da nova direcção baniu qualquer expectativa. Paciência, continuamos para “bingo” e com o “ping-pong”.

 

 

  Abel Maia, dissidente, filósofo, amnésico... enfim, qualquer coisa!

 

 

Como estamos em plena época natalícia, e à imagem de posts anteriores, não queria aqui deixar de sugerir para prenda a este amigo, mais um livro: O Livro de Tao, de Lao Zi. Dele retiro este pensamento sábio...

 

 

Aquele que se põe em bicos de pés não está seguro.

Aquele que caminha com grandes passadas não chega mais depressa.

Aquele que apenas confia nos seus olhos pode não ver claramente.

Aquele que se convence estar sempre no caminho certo pode não distinguir o certo do errado.

Aquele que se sobrestima a si próprio não merece crédito.

Aquele que a si mesmo se considera superior não está qualificado para dirigir.

 

 

artigo... aqui!

 

 

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publicado por siX às 00:14
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Terça-feira, 5 de Dezembro de 2006

política VC - as coisas que "eles" dizem

 

 

 

 

 

"A participação reduzida dos sócios (96 num universo de pouco mais de 3.000) nestas eleições têm também paralelo ao nível das eleições políticas realizadas em Portugal."

 

 

   Paulo Carvalho, presidente do Rio Ave FC... reinventando-se!

 

 

 

A este "camarada", o Quasi-Diário sugere como oferta de Natal o livro "A Arte da Guerra", de Sun Tsu, do qual retiro este pensamento pleno de sabedoria oriental...

 

 

Existem cinco factores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor:

 

 

- aquele que sabe quando deve ou quando não deve lutar ;

 

- aquele que sabe como adoptar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade das suas forças frente ao inimigo ;

 

- aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas ;

 

- aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido ;

 

- aquele que é um general sábio e capaz, cujo soberano não interfere ;

 

 

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publicado por siX às 00:35
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Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2006

socorros a naufragos - há coisas que...

 

 

 

 

 

Em Outubro de 2004, referi aqui o fascínio que sempre senti pelo centenário edifício dos Socorros a Naúgragos, que ainda (pasme-se) cumpre a sua obrigação através de homens íntegros e valorosos. Hoje, no jornal O Primeiro de Janeiro, um texto excelente  faz referência à sua história, às dificuldades do presente e interrogações relativas ao futuro da estação e sua sobrevivência.

 

Segundo o Capitão do Porto de Vila do Conde, as obras de restauração recentes (telhado e janelas) não são suficientes para manter o posto a trabalhar com a eficiência desejada. De acordo com as suas palavras, é necessário refazer a rampa de acesso às embarcações à saída da estação ou de uma grua que permita colocar as embarcações na água, necessárias e urgentes num processo de salvamento, em que o tempo conta.

 

Pelo que parece, os dinheiros para uma obra que não me parece ser de todo dispendiosa, não aparece. O Capitão bem tentou que tal obra fosse incluída no âmbito do Progra Polis, mas não obteve êxito.

 

É, no meu entender, que a requalificação do Posto deve ser efectuada até porque, como o Capitão muito bem lembra, a criação de uma marina está em andamento, o que significa um aumento do tráfego marítimo.

 

Pelo que aqui fica a minha sugestão aos jornais da terra, que existem não só para atrapalhar os movimentos dos "outros", mas também para prestarem serviço público, que criem uma conta especial de angariação de fundos que permita a recuperação total do Posto.

 

Se todos contribuirmos com algo, tal não será impossível, nem dependerá de vontades políticas...

 

 

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política VC - as coisas que "eles" dizem

 

 

 

 

"Se estarmos no mundo passa pela diária avaliação dos nossos círculos de amizade e profissionais imagine-se o que será ser avaliado por estranhos, sermos avaliados pelo “diz que se disse”, enfim sermos avaliados por quem muitas vezes nem sonha o que é avaliar. "

 

 

  Alex Raposo do CDS/PP, no PJ... em depressão pré natalícia.

 

 

O Quasi-Diário sugere como prenda de Natal para o Alex Raposo, o livro "Assim Falou Zaratustra" de Nietzche, do qual retiro esta pérola de sabedoria:

 

Das Alegrias e das Paixões

 

 

"Meu irmão, quando possuis uma virtude que é tua, não a possuís em comum com ninguém."

 

 

 

artigo no PJ... aqui

 

 

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Quarta-feira, 29 de Novembro de 2006

a (new) logo is born

 

 

s¿X K Dick regressou agora de uma viagem ao amanhã, e trouxe consigo um dos mais bem guardados segredos relativo ao renovado jornal Terras do Ave, que estará amanhã nas bancas: o seu novo logotipo.

 

 

Ei-lo...

 

 

 

 

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Segunda-feira, 27 de Novembro de 2006

Maia Gomes 1 - Siza Vieira 0

 

 

 

 

PRÉMIO NACIONAL DE ARQUITECTURA PARA VILA DO CONDE

 
 

O Prémio Nacional de Arquitectura foi atribuído a Vila do Conde premiando a intervenção da “Requalificação do Espaço Público Envolvente ao Mosteiro de Santa Clara”.

A cerimónia pública de entrega do Prémio realizou-se no passado Sábado, nos Paços do Concelho.

Mário Almeida, presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, mostrou-se muito satisfeito por esta atribuição, por ter tido a unanimidade de todos os elementos do júri. Acrescentou que esta obra só foi possível concretizar com a participação e o empenho de todos os moradores da área.

O Projecto de Requalificação da zona envolvente ao Mosteiro de Santa Clara foi elaborado pelo arquitecto Maia Gomes.

 

via Radio Foz do Ave

 

 

 

É, no mínimo... irónico, não?!

 

 

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Domingo, 26 de Novembro de 2006

a (new) star is born

 

 

 

 

No editorial do último número da gazeta vilacondense, Terras do Ave, Rui Silva despede-se da direcção que ocupou durante quase dois anos, uma tarefa dificultada pela inevitável comparação ao legado sempre presente do seu antecessor Pedro Brás Marques, e anuncia modificações na reestruturação quer a nível interno, quer na reformulação do modelo, tal como o conhecemos.

 

O Quasi-Diário sabe que para o seu lugar está destacada uma jornalista, Isabel Moreira, uma menina oriunda de Felgueiras já com experiência neste sector e uma incógnita no que respeita à orientação política do tablóide que, como se sabe, nunca escondeu a sua preferência pelos obscuros meandros que se desenrolam lá para os lados da Praça da República. Eu sempre acreditei que a isenção ou liberdade de informação no meio jornalístico representam a melhor forma de servir, neste caso a comunidade ou comunidades a quem se dirigem. Basta ler o JVC para perceber que toda a bajulação em torno do actual presidente da câmara só tem um intuito: o de fazer perdurar o seu cargo indefinidamente, o que no meu entender não passa de um péssimo serviço prestado. Ninguém é assim tão perfeito!

 

A reformulação enunciada passa, certamente, pela alteração do modelo do jornal sob o ponto de vista gráfico. A qualidade do papel, a introdução de um novo logotipo, a alteração da primeira página e disposição das notícias, tornará o jornal mais atractivo e será uma aposta forte na captação de novos leitores e investidores.

 

Mas o objectivo mais ambicioso desta nova Direcção passa pelo alargamento do jornal à comunidade Poveira, deixando este de ser exclusivamente Vilacondense. É arriscado, sabendo-se o quanto os polacos são aziagos a tudo quanto respeita a Vila do Conde. No entanto, dada a proximidade e interesses comuns de ambos os municípios, esta aposta faz todo o sentido.

 

Mas tanta ambição tem, concerteza, um preço. Sendo o Terras do Ave uma Cooperativa de capital variável, que obedece a princípios cooperativos e sem fins lucrativos, a sua sobrevivência depende exclusivamente dos investidores. O aumento da despesa já deve estar devidamente calculado, mas o encaixe financeiro será sempre um factor de instabilidade quando depende da boa vontade de terceiros. Quantas vezes não assistimos à extinção de revistas e jornais, sempre pelo mesmo motivo: incapacidade financeira?!

 

Bom, o Quasi-Diário deseja todo sucesso à nova Direcção neste renascer do Terras do Ave.

 

 

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publicado por siX às 18:09
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Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006

política VC - as coisas que "eles" dizem

 

 

 

 

"Os últimos grandes impulsionadores da ambição do Norte e da Área Metropolitana do Porto foram o nosso conterrâneo Dr. Fernando Gomes e com toda a justiça o malogrado Prof. Vieira de Carvalho."

 

 

  Abel Maia no PJ, a percorrer capelinhas... no fundo, um cómico

 

 

artigo... aqui

 

 

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publicado por siX às 17:12
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Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006

o rio indefeso reclama justiça, mas ninguém o ouve...

 

 

É com tristeza que mais uma vez sou testemunha da incúria prepetrada por gente ignóbil contra o desprotegido Rio Ave. Hoje de manhã, ao atravessar a ponte que separam as freguesias de Bagunte e Macieira da Maia, o rio corria branco de espuma, motivado por uma qualquer descarga poluente.

 

Infelizmente, não tinha na minha posse a máquina preservadora da realidade, para a poder captar.

 

É também lamentável que o acto criminoso tenha sido efectuado em terras vilacondenses. Estamos habituados a apontar o dedo acusador ao conjunto de empresas que têm os seus alicerces nas margens do rio lá para os lados da Trofa, mas não desta vez.

 

Seria urgente que uma entidade fiscalizadora da Câmara investigasse a proveniência desta descarga poluidora e denunciasse o caso às autoridades competentes. O prevaricador não pode, não deve ficar impune. Não seria justo.

 

Lembro que um dos pontos do discurso das várias facções políticas em pleno período eleitoral era o de aproximarem novamente os vilacondenses do rio, como era corrente em tempos idos.

 

Mas, alguém se aproxima de um esgoto?!

 

 


publicado por siX às 09:37
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Quarta-feira, 15 de Novembro de 2006

alvíssaras a quem o encontrar

 

 

 

 

Agora a crise chegou aos estaleiros de Vila do Conde.  Os trabalhadores do estaleiro naval Postiga & Feteira recusam-se a trabalhar enquanto não receberem o mês e meio de salários em atraso. Máquinas já foram deslocadas, sabe o Diabo para onde.

 

O mais estranho desta história, é que nem os próprios trabalhadores sabem quem é o actual dono da empresa!!!

 

 

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publicado por siX às 23:39
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