É assim mesmo! O raio do escriba de serviço não está muito escriba não! Enfim, faz-se o que se pode...
E, para que não se diga que o raio do escriba passa mais um fim de semana sem sequer desejar um S. Pedro repleto de paganismo e areia nos tintins (gira esta palavra, tintins), vou então falar um pouco de mim.
Eu acho que ninguém se tem apercebido da minha ausência, neste cantinho virtual, repleto de teias de aranha às cores! Digo "às cores" porque é assim mesmo. A confusão neste espaço é de tal maneira, que até lhe chamo já "o cantinho do kaos"! É aqui que passo grande parte do meu tempo, febril e ausente. Imaginem que até já adoeci... Disse-me alguém entendido que trabalhar cerca de 12 - 14 - 16 horas por dia é para idiotas, estúpidos ou parvos! Pois... há um mês que assim ando. Enfim, minto. Parei hoje porque está a passar na TV a Corrida de Touros na Praça de Montijo (está no intervalo neste momento, pelo que tenho que me apressar a escrevinhar isto), e a minha filha mais velha, uma aficcionada pela tauromaquia, gosta que eu me sente a seu lado e então ficamos os dois a apreciar este espectáculo bem português e do qual também sou aficcionado. Chocados? Não fiquem! Ao menos não sou hipócrita...
Bem, estive a apreciar a mestria de Ribeiro Telles, quanto a mim o mais fabuloso dos cavaleiros portugueses, a espectacularidade de Rui Salvador e o cada vez mais parecido com o Shrek, João Moura. As pegas têm sido, até ao momento, fantásticas. O Grupo de Forcados do Montijo são rijos! Têm que o ser, para afrontar os quinhentos e muitos kilos de puro músculo enraivecido em sua direcção.
Não posso esquecer o facto de alguns que por aqui passam terem apreciado os pequenos filmes que o Xis fez sobre o S. João. Vilacondenses que fazem a sua vida fora da Terra, gostam de viver também estes momentos, sem ser apenas pela lembrança. A eles agradeço as suas palavras. Não estavam lá grande coisa, os filmes! Suponho que o Xis já tinha exagerado nos copos, ele que é tão certinho, às vezes. Mas, que raio! Afinal sempre eram as festas maiores de Vila do Conde...
Achei montes de paprika ao post do Kafka (o antivilacondense) relativamente aos "direitos de resposta" que a folha de alface O JVC tem sido obrigada a publicar. O Pedro Brás Marques, possuidor de um sentido de humor algo irónico e por vezes corrosivo, resolveu agraciar, benificiar a folha de couve com uma quota parte muito pequenina do seu intelecto, contribuindo para a venda de mais exemplares deste pechisbeque que se intitula jornal.
Esses "direitos de resposta" podem ser consultados aqui!
Deve ser agora algo incómodo e irritante para o JVC ter que sucessivamente publicar os desmentidos e esclarecimentos dos visados às insinuações que este jornaleco, ao longo dos anos, se habituou. Sempre me confundiu o tom de arrogância e presunção de alguns destes "artigos", de gente sem nome que, numa espécie de redoma de vidro, se julgava inacessível e incólume. Gostei! Aliás, gosto de os saber verdes de raiva. Viva a Democracia!
Vou terminar. Já não podem dizer que nada escrevo e até vou desejar um excelente fim-de-semana a todos os que por aqui passam. "Ui! Tão cedo?",perguntar-se-ão alguns. Pois é, amanhã arranco para a minha segunda terra, o Gerês. Ordens de quem percebe destas coisas, sobre o descanso.
Ah! Não contem para ninguém, mas vou levar algum trabalho comigo...
Não foi lá grande coisa, o meu S. João. Uma sardinhada fantástica no restaurante "O Pescador", nas Caxinas, acompanhado por uma salada de pimento (que eu adoro), e regada com um vinho branco razoável, deram o mote para uma caminhada até ao centro da vila. Estranhamente, comecei a receber chamadas de amigos que não via à algum tempo. O local de encontro era o Bacus na Praça José Régio e, quando dei por mim, estava rodeado de miúdos e graúdos. Nada a fazer. Pedi uma garrafosa de tinto, e toca a comemorar em agradável tertúlia até ao fogo. Só me levantei para ver o Rancho da Praça, do qual sou um ferrenho adepto.
Às duas da matina, lá percorri os metros que me faltavam até à Praça da República, e quedei-me na mesa da São, uma garota que possui uma espécie de galeria de arte, e que estava agora transformada numa tasquinha. Entre umas cervejas e umas sandes de febras de porco, lá assisti ao fogo de artifício, que não me apreceu tão exuberante quanto os anos anteriores.
Não subi ao monte, não fui à praia, não me desloquei às diversões no rio. Mas diverti-me à mesma. Afinal, o que há de melhor que uma boa conversa à mesa, enquanto as crianças brincam sem preocupações?
O Xis filmou umas coisas, uma espécie do nosso percurso...
No dia de S. João, não saí de casa. A tradição foi novamente cumprida... à mesa. Um cabrito fantástico regado com um espumante bruto tinto, atirou-me para o sofá e aí deixei-me estar. Mas à noite, a conversa era outra. A ida dos ranchos à praia é uma das mais belas e antigas tradições de Vila do Conde e eu, como a maior parte dos vilacondenses, não podia deixar de a cumprir. É a graça que a Praça tem...
A malta do QD deseja um excelente S. João a todos!
E cuidado com as espinhas...
Então não é que tiveram (a oposição) a maçada de ir até à Praia de Árvore comemorar o facto de ter sido considerada uma das piores do País?
Não importa se a poluição que a desfigura vem de todos os muitos concelhos banhados pelo Ave e seus afluentes. O importante foi o “orgasmo” que sentiram por haver algo que em nada prestigia Vila do Conde.
Carlos Laranja, da "dura" esquerda, um tipo vertical numa reflexão horizontal...
Artigo, a não perder... aqui!
o que safa o Tio é Lavoisier
Motivado pelo burburinho criado a nível da blogosfera local, li atentamente a extensa entrevista dada pelo Pedro Brás Marques ao pechisbeque Terras do Ave. Como de costume, Pedro destaca a falta de saneamento e tratamento dos esgotos a nível concelhio, responsabilizando a Câmara por tal desaire. Tem razão, Pedro, quando assim fala. Trinta anos de incapacidade na resolução deste problema é algo de extraordinário, que só muito dificilmente se pode ignorar. Contudo, PBM também não aponta soluções. Só defeitos, porque de algo concreto para a resolução deste enigma, népias. Aliás, a solução já está à vista!
ser ou não ser
Todo o discurso do PBM está envolto em alguma demagogia. Alguns apontamentos são mesmo inacreditáveis, como a questão das estradas que ligam o concelho. Que pretende PBM, neste caso? Alargar as vias? Não me parece, quando tal implica indemnizações aos proprietários dos terrenos adjacentes, tão pouco me parece que consiga empurrar para os lados as casas que se encontram ao longo destas! As vias até que são boas, em asfalto e paralelo, de excelente visibilidade. Bem piores são as que ligam algumas das freguesias do concelho vizinho da Póvoa de Varzim, que mais parecem caminhos de cabras que estradas, o tal concelho que PBM gosta de apontar como modelar, o que não se entende muito bem, a não ser pela cor do partido. É sabido que a Câmara da PV vive dos dinheiros que o Casino proporciona, que muitos dos eventos culturais que por lá passam são patrocinados por esta instituição. O Casino é o rosto oculto que está por detrás de quase tudo quanto a câmara faz. A não ser assim, o cognominado “magala” não teria assento nem num escritório sombrio de contabilidade, a acreditar naquilo que os blogues vizinhos escrevinham sobre o lado obscuro de tal personagem e aqueles que o rodeiam.
Quando se está em desvantagem, a crítica pura envolta em véus de demagogia não chega para angariar votos. PBM terá que se esforçar mais, principalmente nos temas que são susceptíveis de criar mossa nas hostes socialistas.
PBM critica também o facto de os socialistas ignorarem as suas propostas, tendo em conta que o que está em causa são os interesses vilacondenses e não os do partido dominante. É verdade. De à longa data que os dois principais partidos de Vila do Conde nutrem, um pelo outro, uma espécie de ódio de estimação muito parecida com a fanfarronice de determinados clubes futebolísticos. Ainda ontem assisti na SIC Notícias um frente a frente entre sete dos candidatos à Câmara de Lisboa e no final todos aplaudiram a ideia de que, fosse quem fosse o vencedor, todos trabalhariam em conjunto em prol do município. E são estes momentos únicos, de verdadeira hipocrisia política, que nos fazem sorrir.
Em Vila do Conde, o caso atinge proporções ainda mais graves devido ao facto de o confronto de ideias ser confundido com a afronta pessoal, não sendo raro acabarem na barra dos tribunais. Seria PBM diferente, caso vencesse as eleições? Quero acreditar que sim, nas suas palavras, que não possui interesses políticos excepto o de servir Vila do Conde.
Quanto à questão do candidato à conquista da câmara, fiquei deveras surpreendido e não devia. Afinal, em política, tudo é mutável! PBM, que no momento da sua eleição, apresentou o Professor Santos Cruz como o candidato natural ao cadeirão da câmara, afirma agora que já não é bem assim. Só posso entender este recuo pela vontade expressa do Professor em não avançar, por razões que só a ele dizem respeito, e não da vontade do líder. Aliás, creio que o objectivo desta entrevista é esse mesmo, uma mensagem de que o partido está em plena evolução e remodelação dos seus quadros, pelo que será uma força a ter em conta nas eleições que rapidamente se avizinham. A ser assim, quem avançará com o rosto hipotético do candidato? Miguel Paiva? Não creio, visto estranhamente sequer pertencer aos órgãos locais do partido. Na minha perspectiva apenas vejo um, o próprio Pedro Brás Marques!
Se há coisa que me aborrece profundamente no período das festas sanjoaninas, é a feira anual de automóveis pomposamente apelidada de EXPOMARCA! Para quem não sabe, existe esta mania de expor carros banais nos jardins da Avenida Júlio Graça, daqueles que se vêm todos os dias a calcorrear estradas e que nada têm a ver com os eventos de novidades de encher o olho. Quem passa, fica com a ideia de que, afinal, os jardins não passam de mais um parque de estacionamento. É ridículo, e é-me indiferente que tal evento sirva para pagar despesas relacionadas com as festividades.
Esta tentativa de vender monóxido de carbono bem que podia ser substituída por uma outra, mais interessante, que se poderia apelidar de EXPOAMBIENTE, destinada a esclarecimento, compreensão e prevenção! José Régio escreveu que Vila do Conde espraiava entre pinhais, rio e mar. Que diria o poeta hoje, se fosse vivo? Nada, creio. O que levam os poetas a escreverem sobre os elementos são a sua força, o fervilhar de vida, o espírito de comunhão com a natureza. Ninguém escreve sobre o que não sente. Dos pinheirais chega-nos a sua destruição, quer pelo fogo ou depósitos, quer através do gasóleo das máquinas destruidoras, do rio o cheiro dos esgotos, do mar o temor da propagação de doenças.
Seria uma boa oportunidade de mostrar aos vilacondenses o que afinal faz Vítor Costa, o tal capelão que ocupa o pelouro do ambiente, em prol desta tão propalada ciência, para além de escrever artigos de opinião que são verdadeiras anedotas.
Das suas intervenções, apenas lembro uma que se destacou pela miopia em estado agravado: quando todos viam merda a boiar no mar, Vítor via algas.
- Oh. Catarina, mas tu estás doida de vez? Amigos? Que amigos?
Ri-se. Eu não. Já me provocou e tenho de me defender. Digo que afinal as pessoas na foto são a Oposição. Merecem respeito. Vivemos
Vítor Costa, capelão das praias de Vila do Conde, num artigo sui generis, em plena crise existencial do tipo: “quem sou, para onde vou, que faço eu nesta praia de ideias deserta”.
O artigo de disparates pode ser lido... aqui.
“Se o PSD ganhar as eleições, muitas redes irão acabar, muitas ligações que se estão a descobrir irão ser quebradas, connosco vai ser tudo claro, não vai haver compadrios, não existirá este tipo de jogo escondido da câmara com algumas entidades, pessoas e empresas.”
Pedro Brás Marques, presidente do PSD no papel do Inspector Corrado Cattani, numa história antiga mas sempre actual de capos mafiosi, promete luta contra as forças do mal e desmembrar os tentáculos de um polvo que se esconde nos corredores obscuros da câmara.
Em breve, num cinema muiiito perto de si...
Artigo a ler... aqui!
Tirar a roupa fora fácil. A Dor estava dócil que nem um carneirinho e ronronava que nem um gatinho. Um dia sussurrara-lhe ao ouvido que amar é quando um mora no outro! E Dor morava em Calixto, ia para cima de trinta anos… uma eternidade, para quem carregava um fardo tão pesado quanto o dele. Olhou-a de relance e Dor, ao sentir-se observada, aconchegou-se ainda mais no seu interior, tocando-lhe naquele ponto como só ela o sabia fazer. As pernas de Calixto tremelicaram e teve que se apoiar numa mesa com uma mão para não cair, enquanto com a outra limpava o suor que lhe aflorara ao rosto.
- Filha de uma grande puta! – exclamou. Dor ria a bom rir, enquanto Calixto se contorcia, conspurcado e corrompido.
Acho que devo um pedido de desculpas a quem clica num botão para aqui entrar, na expectativa de algo novo. O Xis já não tira fotografias (diz que está de férias, o malandro), não percorro as aldeias, deixei de frequentar a ROM, desinteressei-me dos desígnios da política local. As festividades são joaninas tiveram o seu início semana passada, e eu nem uma cascata fui ver. Acho que estou a perder o sentido de humor!
Não é verdade, o meu sentido de humor continua intacto. Mas projectos em que estou envolvido e os prazos que estipulei para seu término, são impeditivos de aqui me deslocar, procurar, enfim, dedicar. E, como sabem, a dedicação é fundamental para manter a qualidade de um blogue. É como dar uma queca: sem dedicação não vale nada…
Bom, tenho a esperança de ainda poder pegar no blogue pelas orelhas e dedicar-lhe o tempo que ele merece, que os que o visitam merecem.
Já agora, a propósito de nada, a menina dança?
Afinal, parece que o milagre a que o Mário Lino se referiu sempre aconteceu. Bastou um estimulozito para que a prepotência passasse a meia arrogância. Bom, que a OTA vai torta, isso ninguém duvida! Nem socialistas, nem anarquistas e nem zapatistas… ou seja, tudo e todos navegam na mesma onda, ou não fosse a circunstância da localização do novo aeroporto passar a ter sido um caso de honra nacional… e também socialista! O que não dá muito bem para entender. Ainda não alcancei a urgência desta questão, quando na realidade se fecham outras “urgências”, estas bem mais necessárias! Digo-o eu, que sou do povo e pertenço a ele, e não a uma elite dita de esquerda, bem remunerada, que ultimamente dedica o seu tempo a abrir a boca para sair asneira da grossa, tão pouco frequenta “urgências”!
Mas, dizia, não entendo muito bem esta necessidade premente em construir um novo aeroporto! Afinal, onde estão os números que provam que o país vai sofrer uma enchente de turistas “pé-descalço” daqui a meia dúzia de anos? E vêm visitar o quê? A região Norte não deve ser! Quem quereria visitar uma das zonas mais pobres da Europa, fotografar a miséria, percorrer o seu interior degradado e deserto? Pois, Lisbon é o que é! Esta centralização de poderes absurda ainda não foi objecto de estudo, mas estou convencido que daqui a algum tempo ainda se vai gastar alguma tinta na descodificação de determinados sintomas aos quais serão apontados alguns distúrbios mentais, próximos da esquizofrenia! Enfim, pouco falta para se construir um muro em seu retorno – aliás, muito na moda – que isole esta cidade da escumalha que a rodeia.
Mas já me estou a desviar do assunto. Dizem, com certeza numa base de números fantástica, que o aeroporto de Lisbon atingiu um ponto crítico. Deve ser pela mesma razão que o aeroporto Sá Carneiro está às moscas! Ainda não há muito tempo, efectuavam-se voos directos para qualquer ponto do globo a partir de Sá Carneiro. Agora não, tem-se que fazer escala em Lisbon! Não sei se estão a perceber a intenção desta obrigatoriedade, mas tem algo a ver com o distúrbio mental, acho! Só pode! E, afinal, quem quer ir a Lisbon quando se tem o aeroporto de Vigo aqui mesmo ao lado?
Falam-se em verbas malucas, como se de cêntimos se tratasse. É verdade. Mais milhão menos milhão, na construção de um aeroporto cujo custo está avaliado em milhares de milhões, não me parece anormal de todo! Sabendo-se que a Saúde corre sobre rodas, e que a Educação – aliás, uma antiga paixão de um outro socialista de renome – rola sobre carris, tenho que concordar que esses desviozitos não serão demais para alimentar a indústria da construção civil, que vive uma situação deveras precária muito motivada pela acção de uns chatos ambientalistas que vêm fantasmas em tudo quanto é terreno. E, se há coisa que o país necessita, é de betão! Muito betão! Porque é desta matéria que é formado o raciocínio daqueles que nos dirigem, ou assim o pretendem. Eu poderia referir o raciocínio de alguns famosos como de Betão! O de Marcelo Martelo, por exemplo… Ou o do Padre Louçã, dito Francisco. Marques Mendes, não. Esse não passou do cimento, coitado. Mas o rei do betão é sem dúvida Sócrates José, um antigo ambientalista a quem o deslumbramento do poder provocou uma espécie de “click” mental, causadora do distúrbio.
Enfim, estou desolado. Canso-me com esta escrita aborrecida porque nada de bom tenho para dizer. O país está a pique e continua megalómano, mas não faltará quem me contradiga e pense exactamente o contrário, que o que o país – Lisbon – mais necessita é de um excelente, enorme e fantástico aeroporto, o cerne e a resolução dos nossos problemas.
Desconheço a realidade da base de tal empreendimento, excepto o que se diz por aí, como qualquer mortal. Mas sei que o aeroporto com mais movimento da Europa na época estival fica numa ilhota aqui próxima. Falo do aeroporto de Maiorca,
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