está um dia lindo, fantástico de odores primaveris, aqui fica esta não menos primaveril foto do Xis...
Fotog. by Repórter Xis
Porque vale a pena, e necessário é poder sentir e viver enquanto tal nos for permitido.
Foto by Repórter Xis
Quasi dois anos de mandato autárquico socialista passaram num ápice, assim como quasi dois de oposição social-democrata que, em termos de visibilidade, muito pouco ou nada tem adiantado em relação a anteriores lideranças. Tenho até cá para mim que o Armando Herculano do BE Vilacondense é mais eficaz sozinho na oposição do que meia dúzia de sociais-democratas juntos a berrar ao mesmo tempo!
Sob o meu ponto de vista, houve um erro estratégico levado a cabo pelo actual líder do PSD vilacondense aquando da sua eleição. No momento da sua nomeação, Pedro Brás Marques devia apresentar-se como o rosto reformista do partido, quebrando o elo com o passado, e não o fez. Apresentou Santos Cruz como candidato ao cadeirão almofadado da Câmara, numa clara prossecução de políticas levadas a cabo pelo seu antecessor, Miguel Paiva. Esta falta de sentido de oportunidade só pode ser explicada pela necessidade, aliado a algum receio, que o actual líder sentiu em angariar apoios que implicaram negociações. Como se sabe, o nome do Professor foi adiantado pelos principais oponentes como fazendo parte das suas listas, num claro jogo de cintura e permanência no poder. E Pedro Brás Marques não tinha necessidade de enveredar por esse caminho. Pela sua valência e pelas características do seu cabotino opositor na altura, Pedro Brás Marques venceria sem qualquer dificuldade, ficando livre para direccionar o partido num caminho menos elitista e mais popular, apresentando-se ele próprio como candidato.
É certo que o actual líder da oposição tem tentado manter um cunho pessoal nas suas actividades, quer através de actividades de rua, quer de artigos de opinião. Mas aqueles que o secundam procuram, também eles, a visibilidade e o protagonismo, empalidecendo o seu trabalho. Ao que parece, Pedro Brás Marques nada aprendeu como observador do trabalho do seu antecessor, que tinha que lidar com as aves agoirentas do seu próprio partido e ainda trabalhar na penumbra para dar destaque a um candidato que nunca aparecia, a não ser em fotos de determinado jornal. Esta falta de cariz popular, esta incapacidade de se misturar e ouvir, aconselhar, prometer, em suma falar a mesma linguagem, sempre foi um problema no seio do PSD. Pedro Brás Marques teve tudo na mão para se destacar pela diferença e, por qualquer motivo, não o fez.
Não é à toa que aquela poetisa caxineira agradece a Mário Almeida o facto de hoje em dia existirem doutores, engenheiros e enfermeiros nas Caxinas, o tal poema que aqui coloquei e não mereceu o menor apontamento de quem por aqui passa porque não entenderam o alcance das suas palavras. Tal não é verdade, evidentemente. Deve-se isso sim, ao esforço de pais que se sacrificaram para melhorar a vida dos seus. Mas o que impressiona é a perspectiva daquela que fala por todos quantos ali vivem, e isso não se consegue em apenas quinze dias, que foi quanto demorou o circo que a coligação Sentir Vila do Conde montou nas últimas autárquicas.
Que dizer de Bruce Springsteen? Toda a gente já ouviu algo ou tem na memória uma qualquer melodia. Eu comecei pelo início. Incrível, não é? Discos como "Greetings from Ashbury Park" e "The Wild The Inoccent and the E Street Shufle" fazem já de um passado distante em que eu era ( e continuo a ser ) um aficionado da guitarra acústica.
Quando soube que o Boss nos ia visitar, não hesitei. Um outro grande concerto estava nas minhas expectativas, mas perder este? Isso nunca. Lá fiz contas à vida e despachei-me para Lisboa. No viagem, um estouro de um pneu a 200 quase me enviava para o outro lado da berreira, mas o Thema Turbo aguentou-se lindamente. Quando cheguei ao estádio dos lagartos, o concerto estava a começar. Um palco simples para a maior figura do rock americano. Bruce sozinho, acompanhado pela guitarra acústica, iniciou o show, deixando tudo e todos pregados ao chão pela audácia.
Um concerto fantástico, que eu não mais vou esquecer. É um dos meus heróis...
Fica um dos meus vídeos favoritos do Boss, um grito de revolta contra a guerra, todas as guerras, porque todas elas são injustas por muito que nos queiram convencer do contrário...
O caro vizinho Boticário de Província distinguiu-me com uma impressão que não lembra ao diabo, ao atribuír-me o Prémio Thinking Blogger Award, elegendo-o como um dos seus favoritos.
Claro que me sinto honrado com tal distinção! É bom saber que estou incluído no rol dos poucos amigos deste polaco com tendências hipocondríacas...
Agora, só me resta nomear cinco da minha preferência, e que estes sigam a corrente para... bla... bla...
Os meus nomeados são: bravos do mindelo, irreal, prazeres do diabo, tanto de mim e trip na arcada.
O pão... a paz...
habitação...
saúde... educação...
onde é que estão?!...
O pão... a paz...
habitação...
saúde... educação...
onde é que estão?!...
Passaram quasi dois anos do poder autárquico socialista, aquele que muitos apontam como sendo o último mandato de Mário Almeida…
Bom, nestes quasi dois anos, Mário Almeida tem-se mostrado prolífico em obras de encher o olho! Ele é museus, avenidas, pontes, marinas, solares, piscinas, parques, ele é isto e aquilo. Mas vamos por partes:
1 – avenidas
A mais emblemática é, sem dúvida, a da praia. Idealizada por um arquitecto de renome em baixo astral, a avenida é pouco praticável à circulação de automóveis. De vias demasiado estreitas, camionetas a subir passeios e utentes a terem que se desviar para não serem atropelados, só quando acontecer uma desgraça é que se vai repensar a sua utilidade. De salientar a "nobreza" da matéria-prima – alcatrão –, o cerne da visão do arquitecto que o edil não soube (ou não quis) contrariar, e a colocação de arbustos raquíticos ao longo da avenida que acabaram por morrer, restando apenas os tocos. Não posso esquecer o facto de a Avenida Brasil se encontrar transformada num parque automóvel gigantesco, que é principalmente utilizado pelos aficionados das auto-caravanas, contribuindo ainda mais para a feiura de um local que se pretendia belo. Enfim, parece não existir regra relativamente a este aspecto.
2 – museus
São mais que muitos e resultantes da recuperação de edifícios. Está de parabéns a autarquia, neste aspecto. No entanto, é de todo incompreensível que se recupere um edifício, este seja inaugurado dentro de um âmbito qualquer com toda a pompa e circunstância, para depois se encerrar portas por tempo indeterminado! Mais um mistério para Sherlock investigar… Quem sabe no decorrer do mês de Maio, dedicado ao Museu, se abram definitivamente algumas!
3 – marina
Está às moscas! É bonita, parece funcional, mas está às moscas. O que falta? Um plano de marketing publicitário a nível mundial, que empolgue clientes? O desassoreamento do rio que permita melhorias na sua navegabilidade? O seu funcionamento está dependente da construção do novo hotel? Esta parece-me improvável, visto que os navegadores vivem nas suas embarcações, salvo raras excepções. Quanto à construção envidraçada defronte à marina, que eu julgava projectada para serviços administrativos, foi-me segredado estar destinado a mais um museu. Será possível? Eu não acredito, mas…
4 – pontes
Está prevista a construção de, pelo menos, duas. Tarda o alargamento da ponte do antigo comboio, uma ideia excelente que permite definitivamente escoar o trânsito do centro de Vila do Conde. Será para este mandato? Urgente é a construção da prevista em Retorta ou então a manutenção da antiga, antes que aconteça uma tragédia. É do conhecimento geral que esta já não oferece condições de segurança para quem a utiliza e de tragédias com pontes está o país farto.
5 – solares
A sua recuperação é uma mais-valia para Vila do Conde e um incentivo a que outros concelhos sigam o exemplo.
6 – piscinas
Mais uma inauguração na freguesia Mindelo que, de acordo com notícias últimas, não tem tido utilidade pública. Afinal, para que serve uma piscina fechada?
7 – parques
Os que temos funcionais são do tempo da velha senhora. O parque ajardinado João Paulo II nas Caxinas, construído no âmbito do Polis, é um desastre não assumido. Não fossem os patos e cisnes que por lá andam e são a perdição dos mais pequenos, estaria sem dúvida às moscas, até porque no verão, sem a desejada sombra, o calor é insuportável. Um jardim é um convite à contemplação capaz de transmitir paz e espiritualidade, de expressar a essência da natureza em um espaço limitado, o que não é o caso. Mais uma vez, as árvores não vingaram, conferindo um aspecto singular e desolador em toda a sua extensão.
8 – conclusões
Pelo menos duas saltam à vista:
· Falta de prevenção ou incapacidade em equacionar situações atempadamente
Dou como exemplos (outros haverá), o edifício dos Socorros a Náufragos e o da Ponte de Retorta. O primeiro é necessário na prevenção de vidas humanas no mar. Continua desactivado, mesmo depois de ter sido referida a urgência da sua reabilitação após o naufrágio do “Luz do Sameiro”. O segundo, porque me parece urgente, tendo em conta o seu grau de deterioração e o risco que isso implica. Bom, nesta coisa de pontes sou leigo, não entendo nada disso, apenas sei como atravessá-las. No entanto, tendo em conta um recente artigo com fotos alertando para o facto e o silêncio da Câmara relativamente a esse assunto, leva-me a crer na veracidade da notícia.
· Incapacidade financeira
Salta à vista de que a Câmara não tem dinheiro nem para comprar um chiclete no café Bompastor! Devido aos incentivos, a câmara obriga-se à conclusão de obras mas depois não tem dinheiro para a manutenção e utilização dos espaços, optando pelo fecho até melhores dias. Só assim se compreende que após algumas inaugurações, os espaços sejam de novo encerrados sem qualquer explicação. Só assim se compreende que os tocos secos de árvores e arbustos continuem a “embelezar” parques e avenidas.
Só não entendo porque razão a câmara não procede ao transplante de árvores! Afinal, o que não faltam pelo concelho, são árvores de grande porte a pedirem para serem transplantadas para o Parque João Paulo II, por exemplo. É certo que agora não é a melhor altura do ano para o fazer (talvez lá para Setembro ou Outubro), mas aqui fica a ideia… e uma ideia, por muito idiota que possa parecer, é sempre válida onde grassa a escassez delas.
O Xis encontrou algumas fotos tiradas com uma máquina descartável por alturas do 25 de Abril. Esta é a primeira. Outras se seguirão...
Foto by Repórter Xis
Crianças brincando nos antigos estaleiros.
É sabido que a Qimonda, a fantástica e fenomenal empresa sediada em Vila do Conde e que recebeu recentemente 70 milhões de euros de apoios do Estado, que até mereceu uma visita do ainda 1º Ministro, vai agora proceder ao despedimento colectivo de cerca de 66 trabalhadores, dizem que de acordo com políticas internas da empresa!
O Armando Herculano do BE enviou-me um requerimento assinado pelas deputadas do partido e dirigido ao Ministro do Trabalho e Solidariedade Nacional, e que pode ser lido na íntegra no Forum QD.
Faz tempo que não escrevinho nenhum diário! A razão é simples: muito pouco, às vezes nada, tem despertado o meu interesse pelas políticas díspares que influenciam sob diversos aspectos o corre-corre da minha aldeia. Aliás, é tudo tão cinzento, que o puro acto de escrevinhar sobre eles me é doloroso sob o cariz intelectual. Enfim, faz-se um esforço…
O clube dos 7
Depois de Portugal ver recusada a pretensão de incluir um dos seus monumentos no conjunto daqueles que estão a votação para a escolha das novas sete maravilhas do mundo, apesar de ser palco da sua proclamação em 7 do sete de 2007 pelo 007 às sete, resolveu por sua iniciativa eleger as sete maravilhas de Portugal. Na Câmara Vilacondense fez-se luz e, vai daí, toca a eleger as sete maravilhas do concelho. Tudo bem! É bonito e apela a um sentimento bairrista. Portanto, toca a votar! Eu já cliquei 1492 vezes no Mosteiro de S. Bento de Vairão… Estou a brincar, só votei uma única vez. Mas ao permitir que um mesmo utilizador, sem nada para fazer, passe uma tarde a clicar no monumento da sua preferência vezes sem conta, está-se a adulterar as regras do jogo! Bom, nada a que não estejamos habituados…
A meter água
Depois da terrível provação pela que passou a comunidade piscatória das Caxinas com o naufrágio nas águas da Nazaré do Luz do Sameiro, as inúmeras reuniões, discussões públicas, entregas de protestos em mãos a membros do governo e promessas feitas dentro do âmbito da protecção das gentes do mar, chegamos ao costumeiro impasse que se traduzirá, uma vez mais, no esquecimento.
As medidas prometidas pelo Tio tardam, o terreno destinado ao famoso heliporto continua incólume e os Socorros a Naúfragos, enfim, naufragam no esquecimento sem se entender muito bem porquê.
Estranha esta relação do Tio com as Caxinas! Têm uma verdadeira adoração por este homem, a quem consideram mais que um Tio! Não acreditam? Atentem só a este singelo poema de uma autora natural das Caxinas...
Caxinas de outrora
Desapareceu
Desde que alguém
Se lembrou dela
E a engrandeceu.
Já não são analfabetos
Os filhos dos pescadores,
Temos professores, engenheiros
Enfermeiros e doutores.
Caxinas já não é o que era
Está sempre em evolução,
Nem por isso deixa de ser
Terra do meu coração.
Devemos ao Sr. Presidente Mário Almeida
Toda esta evolução,
Os caxineiros lhe agradecem,
De todo o coração.
Maria de Fátima Fangueiro
Sem comentários...
Calixto imóvel, olhos fechados, sentado no seu e-mundo junto ao balcão do bar, despertou a impaciência do empregado.
- Acorda, Velho! – disse, tocando-lhe receoso no braço. – Aqui não é sítio para dormir.
Calixto arregalou os olhos sanguíneos fixando-os no gajo do balcão, que se afastou resmungando. Calixto não dormia. Recuperava das inúmeras horas que vagabundeara sem objectivo, através de uma técnica conhecida por dhyana que aprendera nas montanhas do Tibete onde estivera quando jovem, que consistia em silenciar o ruído incessante da mente e, ao mesmo tempo, mantê-la acordada.
Um fulano alto, moreno e bem vestido, acabado de entrar, passou por Calixto, ignorando-o. O tipo atraíra a atenção de uma loira vistosa que se encontrava numa mesa, com as pernas cruzadas bem torneadas depiladas lustrosas, motivo dos olhares lúbricos masculinos femininos que a rodeavam, e que ela aceitava com enfado. Indiferente, o tipo sentou-se e pediu um café. O Velho levantou-se e, com um ar malandro, segredou-lhe:
- Tu és vaidoso!
Um Filme, disseram. São necessários dois, não, três actores! Não, dois. Um e uma! Uma? Sim, a Mónica! É simpática! É bonita! E o guião, quem o escreve? Já está escrito.
Estás atento aos pormenores? Pormenores?! Ah! Responsabilidades, distribuição. E o amigo bombeiro, mágico capaz de fazer luz na noite e chuva no verão… Somos sortudos.
Sextas?
Sim, claro! O problema vai ser o Chapéu de Coco.
Depois de um leve perfume a chantagem, o agnóstico recorreu à sua antiga Fé. Nas suas mãos estava o poder de decisão de uma de duas hipóteses: fechar para se proteger, ou ceder perante os Independentistas. Pesou os prós e os contras numa ponderação cuidada pois dela dependia o seu bem-estar e de todos os que dele dependiam. Olhou para a figura religiosa abandonada na parede e tomou uma decisão. Ligou ao seu velho amigo Sombra e deu instruções precisas: toda a documentação que o comprometia devia desaparecer; quaisquer discrepâncias relativamente aos documentos comprometedores deviam ser assumidos pela organização; em momento algum o seu bom-nome deveria ser posto em causa e qualquer alusão deveria ser prontamente defendida pela organização. Só assim, os Independentistas manteriam a legalidade das suas funções. Desligou. Não esperou muito pela resposta.
- Os Independentistas aceitaram. – disse a Voz.
O agnóstico voltou a olhar a figura religiosa e pensou, «dEus é grande».
NT: qualquer semelhança entre esta ficção e determinada realidade, é pura coincidência.
Ao passear pelo blog Casa de Osso do Valter Mãe, dei de caras com o vídeo musical referente ao último disco do meu amigo Paulo Praça, e que eu não resisto em colocar aqui.
É giro, é fresco, é dançável!
Ah, não me posso esquecer de que a letra é do próprio Valter, não vá ele zangar-se...
;-)
registo via Portugal Profundo
Devo dizer que estou siderado embasbacado estupefacto com toda esta história em volta das habilitações do nosso 1º Ministro. Cada dia que passa há uma nova historieta em seu redor, de favores e cartões, de palavras camaradas e assinaturas, e que apontam para o caminho da enorme promiscuidade existente entre os órgãos de soberania e as mais diversas instituições, que se traduzem depois em favores que são pagos através de cargos públicos, diplomas universitários, por vezes até na forma de um queijo, o que não deixa de ser surpreendente.
Claro que a maior parte da Grande Lusitânia está careca de saber que tal promiscuidade existe, sempre existiu, e não vai ser a escorregadela do camarada Sócrates que vai futuramente impedir que tais trocas e baldrocas continuem a fazer parte do dia-a-dia daqueles que se dedicam exclusivamente à política! Porque esse é que é o problema! Que seria do camarada Sócrates se de um momento para o outro tivesse que se integrar no mercado de trabalho? Claro que tal cenário não se coloca. Existirá sempre uma Fundação ou um lugar na Caixa Geral de Depósitos, um cargo na Internacional Socialista, até um queijo ou azeite que permitam ao Pinóquio usufruir do dinheiro dos contribuintes! Sendo assim, para que precisa Sócrates do diploma? Para nada…
O que me chateia nesta história toda, até porque não é bom para ninguém que se perca tempo com determinado tipo de leviandades, é a mentira. A mentira e a camuflagem da mentira que permite que se continue a gastar rios de tinta sobre um mesmo assunto, que não interessa nem ao diabo. A título de exemplo, para ontem a Universidade Independente prometia “revelações bombásticas” sobre o assunto. Afinal, a conferência de imprensa foi adiada para hoje com a notificação de que afinal tais revelações já nada teriam de “bombástico”! Dá para perceber? Andam uma semana a anunciar “bombas” que não passam agora de “estalinhos” carnavalescos?!
Também ontem assisti a uma reportagem sobre as dificuldades de integração por que passam os imigrantes estrangeiros quando aqui chegam. Interessante constatar que médicos, professores e engenheiros no seu país de origem cá são padeiros, sapateiros e trolhas, impedidos de exercerem as suas profissões devido ao excesso de burocracia que envolve a equivalências de habilitações, enquanto que naturais, que obtêm os seus diplomas através de métodos obscuros e sem provas dadas nas diferentes matérias, conseguem hipoteticamente chegar a cargos públicos de relevo, quem sabe se até ao cargo de 1º Ministro de um país.
Assim, não se chega a lado nenhum. Não é possível, enquanto formos governados por pinóquios enroupados numa teia de vícios privados e falsas virtudes.
Fot by Rep Xis
Afinal, Calixto não morreu! Depois de se lançar no precipício, ser recolhido das águas frias do Atlântico, das inúmeras tentativas de reanimação e até determinarem a hora do óbito, Calixto acordou com uma grande ressaca, admirando-se por se encontrar nu. Vestiu as roupas miseráveis e saiu pelos próprios pés do Hospital dirigindo-se ao bar onde agora se encontra, incomodado por uma dor no cu.
Queriam-lhe fazer o funeral, a ele, Calixto! Vestir-lhe um fato de pinho e despejá-lo num buraco como se fosse lixo! Calixto ri a bom rir, o rosto num esgar, os olhos sanguíneos, a boca desdentada e aberta de hálito imundo. Tinha enganado a Morte uma vez mais, essa puta que teima em o seguir para todo o lado.
Calixto na penumbra, acossado pelos fantasmas do passado, bebe mais um copo ao balcão do bar. Indiferente a quem entra, rezingão para quem sai, Calixto não parece apoquentado pelo turbilhão do pecado. Fede a álcool, tresanda a bafio… Mais um dia, uma noite na semivida de Calixto, sem tema nem assunto, sentado no seu mundo perante o olhar enojado do empregado.
Tenho ido até Labruge. Uma paisagem ainda intocável, austera, muito a meu gosto e que tanto tem a ver comigo.
Fotog. by Repórter Xis
É fácil captar a beleza de S. Paio. Basta um olhar e um momento é facilmente captado pela objectiva do Xis. O tempo passa célere, como os ventos incessantes do norte.
Ainda bem que tenho o sofá à espera, perdido no meio das rochas, dos chorões em flor. Dali, o meu olhar perscruta o oceano em busca de respostas que tardam...
E, por fim, tudo se resume a... música!
Somos, por vezes, uns ingratos para com a nossa classe política. Não apreciamos o seu esforço, tão pouco os entendemos. Um passo que não nos agrade, e aí estamos nós a berrar, a conjecturar, a espernear perante o seu cinzentismo, as palavras balbuciadas com esforço, o seu espanto perante tanta incompreensão. Eles, que tudo abandonaram para servir uma "causa", espantam-se quando nos revoltamos, que a "causa" somo nós, que é por "causa" de nós que eles assim são: cinzentos.
Sinto-me assim, hoje. Magnânimo, perante o cinzentismo. Quase esqueci que José Sócrates já foi jovem, apanhou umas pielas com amigos, participou em festas inenarráveis. Que outros já fumaram charros, deram umas quecas na praia, passaram noites plenas de sexo ao luar, já foram rebeldes sem causa. E hoje são aquilo que são, gente cinzenta incapaz de dialogar em termos compreensíveis, enfim... gente só. Solitários por opção.
É por essa razão que lhes endereço este abraço grátis, a todos os cinzentos que pululam por essa caixas de tv. Já o havia feito através do mentor da ideia, Juan Mann, que passava os dias oferecendo abraços grátis a quem passava nas ruas de Sydney na Austrália, dando origem a um movimento que ultrapassou fronteiras e já chegou ao Porto.
Já agora, para quando um Free Hugs em Vila do Conde?
O Sr. José Sócrates foi à televisão justificar a trapalhada por si criada em torno da sua licenciatura
Vila do Conde está, sem dúvida, voltada para as manifestações artísticas de rua. Quarta-feira passada foi a vez do Padre Domingos realizar uma muito teatral Via Sacra nocturna, numa quasi quasi Paixão "por" Cristo, para passados dois dias uns meliantes mais devotos do paganismo efectuarem uma terceira edição da Queima do Judas.
Posso dizer que gostei do espectáculo em geral. Houve momentos monótonos e incompreensíveis que provocaram a debandada de muita gente, devido à falta de ritmo. Um erro a corrigir em futuras edições, caso existam. A noite estava fria e exigia-se um ritmo mais vivo e o abuso repetitivo de "clichés", principalmente por parte do General Inverno, em nada beneficiavam o espectáculo.
Gosto do grupo Percurtir!. Tocam bem e foram responsáveis pela animação que se impunha em momentos monótonos. São simplesmente fantásticos e, como disse a minha amiga Cristin@, pareciam os espermatozóides do filme ABC do Amor do Woody Allen.
Fotog. by Repórter Xis
A Roque, como sempre, manteve o ar cool que a caracteriza até ao fim. Falou pouco, mas quando o fez, fê-lo com a energia que a caracteriza.... Muita coisa caracteriza esta miúda.
E eis o maldito, o facínora responsável por toda esta viagem ao passado, o Judas bem dependurado pelo pescoço num patíbulo resistente, não vá o Diabo permitir a sua fuga
Chegou a tão esperada hora de o ver a arder no fogo dos infernos, após a tão proclamada leitura do testamento que assim o dita. Pena que o Testamento fosse vazio de conteúdo. Gostaria mais de que as palavras fossem dúbias, com segundo sentido, plenas de ironia e sarcasmo. Mas não! Um indicador de rapazes bem comportados, com um pé no futuro... ah ah ah...
O Xis resolveu montar um pequeno filme da queima. Afinal, o que nós queríamos mesmo, era ver o Judas a arder...
Assim se comemora em Vila do Conde...
Fotos by Repórter Xis
O QD deseja uma Santa Páscoa a todos.
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