Nunca pensei um dia escrever desta forma, não estava nos meus planos. Eu sei que ninguém é perfeito, que temos virtudes que camuflam defeitos, e ainda bem que assim é. Mas quando passarem na rua e virem alguém parecido com o tipo da fotografia, lembrem-se que estão perante o rei dos tolos.
O problema é que este espécime raro é Ministro da Economia do actual Governo e chama-se Manuel Pinho! É verdade! Não me perguntem como tal foi possível. É um facto de que as escolhas do Pinóquio para a pasta da economia não têm sido felizes. Mas ouvir na rádio, em directo na TSF, este iconoclasta afirmar para chinês ouvir que Portugal é um país competitivo porque os custos salariais são os mais baixos do que a média dos países da União Europeia, é por demais humilhante.
Como é possível alguém de responsabilidades acrescidas mostrar tal incapacidade de argumentação, e buscar o exemplo mais infeliz? Que nos reserva o futuro? E que futuro?...
Paulo de Carvalho combate a abstenção nas bancadas… pelo menos para o próximo jogo.
I love you Paul!
Soube através do Lambretta do Miguel Paiva e fui logo a correr ao quiosque para adquirir a revista Topos & Clássicos que contém a capa do 1º volume de uma série de cadernos dedicados ao Circuito de Vila do Conde pela mão de José Mota Freitas.
É como diz o Miguel, uma homenagem justíssima a um dos emblemas da nossa cidade, que por decisão autárquica, foi recambiado para o baú das memórias (mais uma)...
Interessante o título, que me faz lembrar algo! Até as fotos... mas deve ser impressão minha.
Absolutamente imperdível.
E deliciem-se com este pequeno vídeo de uma beta preview dedicada ao nosso circuito.
Hoje começou oficialmente a campanha para o bendito referendo de 11 de Fevereiro (mas se querem que diga, estive mais interessado no lançamento em Portugal do Windows Vista.)
Atrevo-me a dizer que começou a campanha do não, já que a esquerda tem estado em campanha desde o anterior referendo.
O debate de ontem e a campanha oficial parece-me que vão lançar mais dúvidas que certezas sobre o espírito dos portugueses. E como sabemos, isso só favorece a abstenção que pode ser fatal neste referendo. Não tenho duvidas em afirmar que até ao dia 11 de Fevereiro, as intenções de voto no sim vão descer e o não tende a crescer.
Há qualquer coisa que nunca funciona na campanha do sim. Viu-se no anterior referendo e está-se a ver neste. Querem melhor exemplo que o debate de ontem.
Woody Allen já tinha idade para ter juízo. Foi confrangedor ver uma inadaptada e inexpressiva Scarlett Johansson num papel que não é o seu. O mesmo se pode dizer dos outros actores do filme.
Infelizmente Scarlet caiu no conto do vigário. Se o “Match Point” foi feito para ela ser a estrela, este não. Woody Allen não resistiu à estrela que há em si, ainda que decadente e aborrecida. Tudo é chato no filme. O guião, os personagens…
Descoop Woody, mas tinha de dizer isto!
Este fim de semana fui convidado para o evento gastronómico dedicado à região de Trás-os-Montes no Casino da Póvoa de Varzim e que finalizava com um espectáculo do Luis Represas, antigo membro dos Trovante. Razão pelo qual hoje presto homenagem à música portuguesa.
Depois de degustar um cabritinho assado no forno acompanhado com um arroz malandrinho de entrecosto e uns casulos com butelo, tudo muito bem regado com um Quinta do Vallado, a presença de Luis Represas trouxe-me à memória este espectáculo em especial.
Temas como Feiticeira, 125 Azul e Perdidamente (poema de Florbela Espanca) foram cantados em uníssono por quase toda a plateia, abrangendo gente de todas as idades, o que reflecte bem o sucesso dos antigos Trovante. Luis Represas já não tem o fulgor, nem as músicas que compõe actualmente possuem a qualidade de outros tempos, perdendo-se em lamechices como o tema Colibri.
Mas guardo na memória este concerto, de forte sabor tradicional, que conseguia ombrear na altura em termos de sucesso com as novas bandas de rock português antes de alterar a sua estética para um pop melódico e que ditou o seu fim.
Gostava de colocar aqui um vídeo da banda, mas incrivelmente não encontrei nada de jeito... nada? não é bem assim! Graças ao trabalho de pesquisa excepcional efectuado pelo FVaz dos Prazeres do Diabo, foi possível esta maravilha do canto lírico...
A Capela mais antiga de Vila do Conde é a da Senhora da Guia, protectora das gentes do mar e à qual o povo de Vila do Conde tem especial apego e devoção, e que é hoje dia dedicado à sua celebração. Erguida antes de 1059 (consta do Inventário de bens do Mosteiro de Guimarães, construído nesta data), a sua Confraria é das mais antigas, se não a mais antiga, da Diocese de Braga.
Fazendo um pouco de história sobre a figura da padroeira, em Portugal são numerosas as lendas que associam a água ao princípio feminino.
Era à «Senhora da Terra» que os navegantes encomendavam as suas almas quando partiam para o mar e faziam promessas de uma vela ofertar se não tivessem a água como a sua sepultura. Quando regressavam, cumpriam a sua promessa. Este tipo de culto esteve na origem da construção de capelas junto da mesma água que os trouxe (na costa, ou a alguns escassos quilómetros desta). Aí veneram a Imagem d'Aquela que suas vidas conservou.
Feitas padroeiras dos viajantes, muitas destas Senhoras passaram a ser chamadas de Senhora da Guia, por associação ao astro Vénus (herança romana), facilmente identificado pelo seu grande brilho. Popularmente, é também conhecido como Estrela da Manhã, já que o seu brilho anuncia o Sol, e da Tarde, altura em que deixa de se poder observar por se encontrar demasiado próximo do Sol, passando então a ser visto como estrela anunciadora da noite.
(vide Portugal de Luis Afonso)
A ermida assenta num maciço rochoso entre a foz do rio e o mar. Concerteza, seria bem diferente há mil anos.
O interior da Capela é muito bonito.
Os azulejos lindíssimos da capela-mor datam do Séc. XVIII, e os que ocupam a parede do lado sul representam o Espírito Santo sobre os Apóstolos,
e a do Norte...
uma Nossa Senhora com o menino ao colo rodeada por um círculo de anjos. Na foto quase não se vê a caravela que navega num mar revolto, com uma cruz de Cristo na popa.
O tecto é fantástico e foi mercê de uma recuperação inacreditável, concerteza obra dos melhores artífices. Está de parabéns a autarquia. Mercê das chuvas e salitre do mar ao longo dos anos, muitos estudiosos da ermida julgavam irrecuperáveis as cenas bíblicas e figuras de santos que constam dos caixotões que apainelam o tecto. No entanto, o excelente trabalho de restauração resultou muito bom, como se pode ver nas figuras seguintes, o antes e o depois.
Fotog by Repórter Xis
Os meus favoritos são os seguintes. O primeiro, bastante enigmático, talvez com alguns elementos pagãos e obra de um autor desconhecido
e o seguinte, que representa a mesma cena constante nos azulejos da capela mor, onde é já visível a caravela com a cruz de Cristo sob o olhar proteccionista de Nossa Senhora.
Também José Régio apreciava a antiga ermida, que imortalizou neste poema simples e belo...
Adoro passear por Vila do Conde, logo pela manhãzinha. Visto o fato de treino e desço em direcção à Praça da República. Passo pela recuperada Casa de S. Sebastião, já faz tempo…
Fotog. by Rep Xis
e tempo faz que continua fechada, privando assim os vilacondenses de usufruírem dos seus jardins. Defronte, um outro solar em ruínas reclama a sua vez, ao que parece ser no futuro local de exposições de arte e mobiliário,
que Vila do Conde é uma terra de contrastes… enfim, sigo
O cheiro que emana do rio incomoda.
Outrora movimentado, não passa de um esgoto gigantesco que corre em direcção ao mar. Sinais de um progresso de que autarcas se orgulham por ele acima, mas eu sigo rio abaixo, em direcção à foz. Passo junto à zona dos antigos estaleiros e lembro a azáfama dos homens numa faina rara, de tão desvalorizada que foi que a deslocaram para a outra margem, terminando assim com um ciclo ancestral, tudo em prol do progresso.
O mesmo progresso que construiu uma marina linda, pequenina e vazia no mesmo local onde antigamente se elevavam traineiras e o bota-abaixo era efectuado em festa pelos naturais. O aspecto social ficou esquecido nesta zona. Quem vivia do movimento criado pelos trabalhadores, viu-se de repente privado do seu sustento. Agora, a zona é velha e decadente, pouco convidativa para quem espera a visita dos ricos pela via marítima. Diz-se que ali, nas suas águas, vão colocar uma nau quinhentista, para turista ver e apreciar. Uma espécie de museu! E eu nem quero imaginar o custo de manutenção de tal aparelho!!! À minha direita vislumbro o Convento do Carmo, utilizado para palestras, exposições e concertos e que se encontra agora encerrado, vá-se lá saber porquê!
Um pouco mais à frente, dou de caras com a nova ponte que une as duas margens da doquinha. Destruíram a antiga, num exercício da vontade soberana sobre a das gentes da vila.
A actual é feia e sem as linhas elegantes que a antiga ostentava. Sendo de ferro, contrasta vivamente com o granito que a rodeia. A Senhora do Socorro, no alto da sua ameia, é testemunha deste acto inexplicável…
Rodeio a ponte e paro na pastelaria “Ao Bom Doce”, indiferente ao progresso das pastelarias de fraca qualidade que crescem como cogumelos pela Vila e mantém a tradição da excelente doçaria, pela qual é conhecida. Sigo junto à berma do rio até ao local conhecido pela “Seca do Bacalhau”, que empregava imensos trabalhadores. Da seca do bacalhau apenas o nome ficou, porque a empresa que se dedicava à cura do peixe pelo método tradicional, fechou as portas devido às exigências do progresso. Estranho que agora o bacalhau mais procurado seja aquele pelo qual a sua cura tenha sido o até então efectuado! No seu local ficou um imenso vazio. Em frente, igualmente vazios, estão os imensos armazéns que, fala-se, vão ser transformados em restaurantes, bares e discotecas.
Um jornal local mencionou até por várias vezes a visita do jogador Figo e um seu sócio no campo da restauração a essas instalações, numa atitude de subserviência e parola perante os milhões do milionário jogador. Do Figo, sabe-se, está nas arábias a coleccionar dólares. Dos pavilhões, não se sabe nada.
Chego por fim à foz. Do meu lado esquerdo, o edifício dos Socorros a Náufragos continua imponente no horizonte e desactivado por falta de verba. Tanto se fala em milhões, tanto ricaço em Vila do Conde, mas nenhuma organização ou particular disponibiliza verbas para arranjar o degrau que impede o acesso ao rio do barco salva-vidas se uma urgência assim o exigir.
Sabe-se que está disponível um terreno para a construção de um heliporto… Como de costume, pensa-se em grande! Assim nos foram habituando. No entanto, tal pensamento, por muito nobre que seja, não é meritório quando a intenção é a prevenção no salvamento de vidas humanas… e tenho cá para mim que é preferível um velhinho barco a remos no mar que um terreno despojado de lindas máquina voadoras. Na minha caminhada passo pelo monumento alusivo à tentativa de desembarque dos liberais em 1832 na praia da Senhora da Guia.
Para trás fica a milenar Capela da Senhora da Guia, protectora das gentes do mar, agora recuperada.
Em frente está o magnífico Forte de S. João, ele também recuperado. A ideia passava por aproveitar as suas muralhas para no seu interior edificar uma unidade hoteleira que seria inaugurada com toda a pompa e circunstância. Assim aconteceu, tal como prematuro foi também o seu encerramento. O porquê permanece num daqueles mistérios insondáveis, uma espécie de secret file. Agora, o Forte é alugado nos meses de verão e transformado em discoteca, numa muito alusiva ideia progressista mas não futurista. Continuo pelo corredor junto às praias, desprovido de luz motivado pela romântica ideia do fantástico arquitecto considerar que o mar deve ser observado na penumbra, um pouco à imagem dos velhos filmes a preto e branco de Hollywood. Tal ideia luminosa afastaria os naturais da praia pois, tal como o arquitecto, também os amigos do alheio gostam da penumbra para levar a cabo impensáveis objectivos numa terra que se pretende pacífica, mas que os diários, de vez em quando, nos lembram que não é bem assim.
Desemboco em frente às duas únicas casas que resistiram à desenfreada ambição dos construtores, conhecidas pelos enigmáticos nomes de “Judeu” e “Santa Fé”.
No entanto, a Casa de Santa Fé já se encontra taipada, pelo que o seu futuro é uma incógnita. É difícil resistir aos avanços dos construtores, a partir do momento que se permitiu a especulação imobiliária. A especulação dos preços dos terrenos foi boa para os construtores, mas má para os naturais da vila. Os preços impensáveis dos apartamentos só estão acessíveis a bolsas de forasteiros endinheirados que utilizam Vila do Conde como dormitório de luxo. Não são parte activa na vida social da Vila, não se integram na comunidade. Os naturais são assim despejados da sua terra, por força de uma política de construção e recuperação de imóveis, mas desintegrante sob o aspecto social. Sigo em frente, em direcção à orgulhosa comunidade piscatória das Caxinas. Ali não há casas, apenas o muro que rodeia a propriedade conhecida como “Quinta do Engº Carvalho” e que ocupa toda a extensão entre Vila do Conde e as Caxinas. Como a quinta foi amuralhada em terreno pertencente à praia, ainda possui no seu interior as antigas dunas assim como um pinheiral fantástico, que muitos gostam de apontar como “Pulmão da Cidade”.
Ao que parece, de acordo com palavras do actual autarca, o terreno está futuramente destinado à construção de um condomínio fechado e de uma Fundação para o qual ainda não se sabe qual, mas lá se há-de chegar. Defronte à quinta, olho com desgosto a praia que frequentei com amigos.
Sem nome, apelidamo-la de “Praia do Rock’n Roll”. Possuía o maior areal das praias vilacondenses e era óptima para jogos de futebol e de acesso directo. Hoje, quem olhar para as dunas encostadas ao muro da quinta e para o aspecto da praia, não pode deixar de ficar impressionado com o desnível existente.
O acesso à praia já não se efectua de forma directa, mas sim por escada. Da estrada ao areal são, no mínimo, 3
E é essa sensação de deja vu estupefacto que possuo ao observar a praia. O mar ali é perigoso e, quando a maré sobe, não é possível frequentar a praia com o risco de ser-se engolido pelo mar. Mas sempre podemos observar as ondas a baterem no muro de pedra construído propositadamente para o efeito, numa visão realista e progressista da prevenção, não fosse o diabo tecê-las e provocar a derrocada da estrada.
Nas Caxinas, atravesso a estrada e sento-me na esplanada do Café Suvani. Gosto de ali estar pela manhã, quando o trânsito rareia e se pode respirar o ar do mar, apreciar as suas cores. Estranho é uma esplanada estar em cima de alcatrão, a paredes-meias com o estacionamento! Não a valoriza minimamente e é feio. Num post ainda recente, um vilacondense referiu as “pedrinhas” com o devido desprezo que o comentário exigia, mostrando a sua preocupação pelas possíveis escorregadelas que tal piso, humedecido, provocaria, daí resultando cabeças rachadas e pernas e braços partidos. Sabendo que a nossa Urgência está de malas feitas para a vizinha Póvoa e da incapacidade da nossa autarquia em o impedir, seria realmente uma chatice.
Pegando na ideia ridícula de que o desequilíbrio é provocado por uma arte secular e muito portuguesa (não são muitos os relatos de cavalos de pernas partidas no tempo do Marquês de Pombal), não me desgostaria ver aqueles enormes passeios de alcatrão com as ditas pedrinhas no seu lugar e, quem sabe até, desenhadas com motivos decorrentes da faina da pesca.
As esplanadas ficariam valorizadas, mais atraentes e distintas. No fundo, toda aquela zona sairia a ganhar. No verão passado, estive em Borba e Vila Viçosa, onde o mármore é rei. Lá, principalmente em Borba, o mármore é utilizado para tudo, inclusive na construção de passeios e até de alguns caminhos. Bom, é sabido que o mármore é bem mais escorregadio que o calcário. E é com este pensamento divertido que me dirijo para casa, a imaginar os habitantes de Borba e Vila Viçosa em pleno desequilíbrio, reis aos tombos dos seus cavalos, carruagens destruídas, carros desgovernados pelas descidas íngremes… e um vilacondense espantado que a todos espantava, ao declarar: “Eu bem dizia!”
São momentos assim que...
Fotog. by Rep Xis
Este fim de semana há festa na freguesia vilacondense de Tougues.
Fotog. by Repórter Xis
O seu orago é S. Vicente e amanhã há procissão a partir das 16:00 com os santos venerados pela aldeia e que conta com a participação popular.
Tougues é a única freguesia vilacondense que tem S. Vicente como seu protector. O culto vicentino está espalhado pelo país e reza a história que S. Vicente, oriundo dos Pirenéus, foi muito novo elevado à ordem de Diácono e, mais tarde, a acólito de Valério, Bispo de Saragoça, motivado pelos suas capacidades como orador. Seria supliciado em Valência, por ordem do governador de Hispânia. Em princípios do séc. IV, o culto ao mártir espalhou-se por toda a península, mantendo-se até aos dias de hoje, ao qual não está alheio o facto da pretensa recolha das relíquias do santo, que contribuíram para a sua popularidade. Diz-se que o corpo foi encontrado à deriva numa barca junto ao Cabo de S. Vicente e guardado por dois corvos, atributos iconográficos que serão constantes na representação do mártir, como presenciamos no emblema da freguesia.
Para a sua comemoração, encontrei a Igreja Paroquial toda engalanada como convém a uma festa popular.
Os Santos venerados encontravam-se disposto em fila e prontos para a procissão que se realiza amanhã.
No tecto da Igreja está a representação do Santo com as vestes de Diácono, a palma do martírio na mão direita e o corvo na esquerda, à qual só faltam o molho de cordas, que foi assim representado por Nuno Gonçalves nas tábuas pertencentes ao altar de São Vicente da Sé de Lisboa
"Obrigado Carolina"
Pedro Macedo dos Amigos de Mindelo, em terrenos algo contaminados pela kryptonita verde...
Não consigo evitar uma gargalhada sonora. :-)
Artigo... aqui.
Buddy Guy é um mestre do género Blues e um guitarrista fabuloso. Diz a lenda que serviu de inspiração a Jimi Hendrix que cancelava os seus concertos para assistir aos seus shows, e é considerado um dos expoentes do Chicago Blues.
Bem, eu adoro Blues, todos sabem disso (ou não?!) e não podia faltar a esta rara oportunidade de apreciar um dos nomes mais representativos do género, ainda em actividade.
Gostei muito! Mas saí de lá aborrecido com o público que praticamente boicotou o espectáculo, sempre com interrupções, pedidos de músicas e assobios. Que foram lá fazer?!
O espectáculo ficou irremediavelmente perdido quando Buddy procurou fazer a vontade a todos, gerando uma enorme confusão... Mas gostei! É um guitarrista fantástico (já o disse) e versátil cum'ó caraças, utlizando tudo o que lhe aparece para criar som, como baquetas, os dentes, os pés, sei lá.... quando não lhe dá na gana de saltar para o meio do público, em solos de guitarra verdadeiramente estnteantes!
Enjoy... the Blues!!!
O dia de Santo Amaro já passou. No entanto, não queria deixar esta oportunidade de efectuar algo que, já faz algum tempo, permanece no meu pensamento. À imagem da Rota dos Cruzeiros, vou aqui iniciar esta Rota de Todos os Santos que acontecem pelo concelho, tentando não falhar muitos...
A veneração ao Santo Amaro é a primeira do ano e ocorre a 15 de Janeiro. Foi em tempos muito concorrida, com direito a arraial e feira. Hoje, já não é assim. No entanto, é um santo muito venerado,
e protector dos que padecem de enfermidades ósseas. É normal no interior da capela encontrarem-se pernas, pés e mãos de cera que os devotos, após cumprirem a sua penitência, deixam junto ao Santo.
Fotos by Repórter Xis
A Capela é muito antiga e foi erguida, pensa-se, no séc. XVI.
A história de Santo Amaro pode-se ler no último número do jornal O Primeiro de Janeiro, do qual retirei este breve trecho:
Gosto muito desta festa, vá-se lá saber a razão porquê. Uma coisa me desagradou profundamente. Não compreendo a necessidade de colocar música aos berros no topo da Capela, sabendo-se o quão devotados ao Santo Amaro são aqueles que o procuram. Sendo a Capela um local de recolhimento e prece, é perfeitamente surreal o barulho que se faz sentir no seu interior.
Ventura do Paço, poeta vilacondense, imortalizou assim este dia:
Vem Janeiro e acorda a gente
- Sina feliz de quem sente ;
Num dia de céu bonito...
Há festa na minha rua !
Nem há Festa igual à Tua
Meu Santo Amaro bendito
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