O monstro de quatro patas míope e uma goela
Prenhe mais uma vez
Arrasta-se lentamente pelo corredor
Espalhando veneno por onde passa.
Um corrimento fetal, que se escapa das entranhas
Desliza pelas coxas peludas carnudas,
Escorre para um mar de morte
Despertando um demente devaneio.
A gargalhada ecoa jocosa, hedionda
Contaminando o ar com a sua respiração fétida
Tornando-o impuro irrespirável sufocante penetrante... podre.
Lords of Acid - Pussy
Adoro esta capa... Por razão nenhuma em especial, a não ser... talvez, sim, o olhar do bichano...
Vi ao longe
O meu peito aberto
Fustigado pelo vento herege
No miradouro decrépito
Suspenso nos penedos
Da milenar capela da Guia.
Um raio desponta no horizonte
Fendendo a tempestade
Alternando a luz do dia...
Erguem-se as ondas escuras
Irrompem num caos de pura anarquia
O cheiro a alga
A alma da maresia.
Flagelado pelos coriscos
O manto branco de espuma
Acolhe os passos do espectro
No velho forte abandonado.
Joyce
Adoro esta capa... Os óculos são fantáticos, o cabelo tipo carapinha fica-lhe a matar, a rosa na mão esquerda a condizer com o fundo da capa... e o sorriso, meu deus... o sorriso...
De acordo com a notícia veinculada na Confagri, é à qual o amigo Octávio Lima deu o devido destaque, Portugal ocupa o segundo lugar na lista de países que mais aumentaram as emissões de gases com efeito de estufa, entre 1990 e 2004.
Segundo lugar? Fantástico!
Que dirá o Pinóquio, um assumido ambientalista preocupado, perante mais esta chatice?! Será que faz parte do tão proclamado "choque"?
Ou será que estudou bem a lição com um autarca bem nosso conhecido, e vai apontar o dedo aos milhões de churrasqueiras sebosas que pululam por aí, cuja emissão dos nauseabundos vapores terão tido negativa influência nas medições?
Alguém sabe onde fica, esta maravilha do ordenamento?
John Bult - Julie's Sixteen Birthday
Esta capa fantástica pertence a um disco não menos fantástico, completamente esgotado... Não me peçam mp3, porque são um verdadeiro mistério encontrá-los...
A capa é de antologia... Os mais atentos verão logo à primeira que a menina já ultrapassou há muito os dezasseis anos... Aliás, nem se compreende muito bem a expressão de tristeza da menina!!! Será que o ar de safado do barbudo que lhe agarra a mãozinha terá algo a ver?!...
Domingo era dia de futebol. O dia estava propício ao sofá e foi isso mesmo que fiz. Deliciei-me com a 4ª série do «24» que a TV2 passou de forma ininterrupta: 24 horas, 24 episódios.
Eu gosto desta série, fértil em imaginação. O agente Jack Bauer é o verdadeiro anti-herói americano, cujas decisões tomadas em milissegundos são sempre decisivas para o futuro da América. Os maus são invariavelmente árabes que, cuidadosamente, nunca revelam as suas origens. São insensíveis como as cobras perante a fgragilidade humana, e eu não percebo onde vai o realizador desencantar tanto actor árabe capaz de assumir tamanha enormidade perante as suas origens. Na volta, são portugueses disfarçados de árabes...
O Presidente dos USA é um negro que mantém uma forte relação de amizade com Jack, sem no entanto deixar de ser um joguete nas mãos deste, já que acata as suas sugestões sem nunca as questionar. Bauer coloca o bem-estar dos americanos acima de tudo e de todos, e as suas escolhas são sempre nesse sentido, nunca esboçando o mínimo de remorso perante as decisões de vida ou de morte que toma. Jack Bauer, a dormir, vale mais que uma dúzia de James Bond bem acordados...
Finalmente, o tão esperado jogo de Portugal contra a Holanda. Que se pode dizer do jogo? Um sufoco?!...
A Holanda começou bem, atacou logo nos primeiros minutos a baliza portuguesa, e depois descambou. Aqueles dois pastéis que arrumaram Cristiano Ronaldo pareceram-me encomendados e deveriam ser alvo de investigação por parte da Federação de Futebol. Aquilo não é nada, é anti-jogo e a Holanda deveria ser penalizada por tal atitude... pelo menos, o facínora do treinador e o jogador com nome de bolo de arroz...
Espero sinceramente que a federação holandesa arrume de vez com esse Van Basten, pela falta de fair-play que demonstrou, pelas atitudes dos seus jogadores, pela péssima homenagem prestada aos grandes treinadores e jogadores holandeses que sempre emocionaram plateias pela qualidade do seu futebol.
Não sei o que passava pela cabeça dos nossos centrais. A segunda pantufada do Costinha a um jogador holandês já era passiva de um segundo amarelo e, não contente com isso, ainda deitou a mão à bola num momento em que Scolari já devia estar a fazer contas de cabeça a pensar na sua substituição. Não foi a tempo. O mal de que padecia Costinha tinha-se pegado ao Petit que, após cinco minutos de futebol, já carimbava um amarelo no pêlo, para desespero do treinador.
Entretanto, os ânimos e os mimos subiam de tom de parte a parte, com um árbitro perfeitamente marciano a distribuir amarelos e vermelhos a torto e a direito. Valeu-nos o golo de Maniche, fantástico, num momento de grande inspiração. A partir daí, foi ver a Holanda a carregar e Portugal a defender como podia, e em inferioridade numérica. Ainda existiu uma oportunidade de Portugal matar o jogo, quando Tiago fintou tudo e todos até ficar sozinho perante a baliza. Mas, inexplicavelmente, deu-lhe um ataque de Parkinson no momento do remate. Aquela tremedeira toda perante a baliza aberta ainda vai ser motivo de análise futebolística por muitos e bons anos.
Bem, no fundo o que interessa é que passamos a eliminatória com muito sofrer, e Inglaterra é o próximo alvo a abater. Scolari tem que resolver o problema das duas baixas, sendo que a primeira não será difícil, colocando o Petit no lugar do Costinha. Quanto à segunda, mais complicada, Luis Figo deverá ocupar o lugar de Deco, como aconteceu no jogo contra Angola.
Mas com Scolari, nunca se sabe...
Este ano, as festas da cidade estiveram muito bem compostas... Foliões foi o que não faltaram, marteladas no toutiço e alhos porro a roçarem as narinas também, enquanto os mais velhos, mais sabidolas, optavam por ramos de alfazema para gáudio das meninas.
Por volta das duas da matina, milhares se juntaram pelas margens do rio para assistirem ao fogo de artifício, sempre deslumbrante e principal motivo de atracção dos que nessa noite visitam Vila do Conde. Eu achei a sequência do fogo repetitiva, tudo muito igual, comparativamente a anos anteriores. Ou pautou a falta de imaginação, ou a falta de dinheiro...
Findo o fogo, é a debandada geral. Eu deixei-me ficar pela praça José Régio, lind na decoração, onde deitei abaixo umas surbias e umas mini pizzas, enquanto apreciava o esforço de um Dj em segurar os poucos que se quedavam por lá.
Eu acho a praça José Régio lindíssima, um espaço pensado para grandes tertúlias, um ponto de encontro, e não entendo muito bem a indiferença a que os vilacondenses lhe dedicam... até parece votada ao ostracismo...
Caso nada se faça que contrarie esta tendência, não tarda os poucos comerciantes fecham portas, a erva daninha tomará conta dos canteiros, alguém desenhará um bigode farto no rosto da estátua do poeta...
O dia seguinte é o dia em que o Santo abençoa o pequeno burgo em procissão, o que me traz à memória o pequeno verso do Francisco Q:
Saiu a procissão do adro
Desceu o circo à Vila
Perante tão medonho quadro
Não nos resta senão segui-la (...)
Bom, para mim o quadro não é assim tão medonho, e procuro sempre que as minhas filhas participem e assimilem estes momentos de cariz popular tão característicos da nossa comunidade, da mesma forma que lhes ensino a História, relato as antigas lendas, aponto o nome das rochas e os pequenos segredos que encerram quando vamos para a praia, para que sintam Vila do Conde da mesma forma que eu a sinto, para que nunca esqueçam as suas raízes...
Ao fim do dia, a tradição completa-se com a ida dos Ranchos da Praça e do Monte à praia. Este é o momento em que despertam as velhas rivalidades, e os apoiantes expressam o seu apoio com «vivas» ao rancho da sua preferência e apupam o outro com assobiadelas.
É uma rivalidade saudável, muito antiga, e a que melhor define o espírito das festas já que é 100% vilacondense.
Como é sabido, o meu coração pertence à Praça. A minha filha mais velha afinou pelo diapasão do pai e já conhece e canta as canções de cor... mas a mais nova diz que "é" do Monte... Eu acho que é só para me contrariar. Nada que um algodão doce ou um gelado não resolva.
E foi isso mesmo que fizemos no fim do fogo preso, ele também fraquito. Mas que importa isso? Será sempre assim, uns anos melhor, outros pior. Importa mesmo, é o espírito com que se vivem as festas...
A noitada sanjoanina foi assim... deslumbrante...
o dia do patrono, foi assim... magnífico...
Para o ano há mais...
"Já bem antes da festa as velhas rendilheiras do Monte ou as raparigas da Casa Flores Torres começavam a cantar o nosso S. João..
Muitas vezes, cantava uma velha rendilheira; mesmo velha; mas não sei porque milagre (milagre do Santo?) a sua voz continuava cristalina, fresca, límpida...
E tenho ainda nos ouvidos a cantoria que logo pela manhã do Dia de Santo, ou na véspera, já não sei, me chegava do Monte e festivamente me vinha acordar. Dia de S. João! véspera de S. João! O prolongamento daquelas vozes de velhas meninas ia do Convento até ao mar."
José Régio (memórias)
Um bom S. João, é o que eu desejo...
E viva a Praça!!!
Mais um blog no feminino, e garanto, este é bem feminino... de alguém que se define como perdida entre pinhais, rio e mar...
Pensamentos, poesia e fotografia são o mote da Papoila...
A blogosfera vilacondense continua a crescer em diversas direcções, e ainda bem.
Bem-vinda, Papoila...
Mais um manifesto de António Manuel Ribeiro, que eu tenho todo o prazer em publicar...
Millie Jackson - Back to the Shit
Fantástica esta capa da cantora norte americana Millie Jackson... O pormenor da sanita ao canto, as cuecas nos tornezelos, a expressão sofrida e, mais importante ainda, o vaso com flores...
Uma fantástica capa de merda, portanto, de antologia....
Há coisas que eu não gosto nas festas sanjoaninas. A que me causa profunda impressão na retina é a feira de automóveis que a câmara, teimosamente, insiste em colocar nos jardins da Av. Júlio Graça.
Não gosto de ali ver os automóveis, nem entendo muito bem a lógica desse tipo de evento. É do meu entender, sim, que os jardins são pertença dos vilacondenses, para seu usufruto, e não para servirem como veículo para interesses comerciais.
Aborrece-me também a antecipação da instalação de taipais em redor dos jardins, que ferem a vista e o espaço. Para quê? Porquê? Alguém mo explica?
E chateia-me profundamente a instalação de barraquinhas e barraconas de comes e bebes e de diversões nos jardins, por razões que para mim são óbvias. É certo que a zona fica mais viva, com mais cor e apetecível. Mas quando as festas terminam e os feirantes abandonam os jardins, o espaço mais parece uma zona de guerra e para o recuperar demora tempo, como é sabido.
Uns anos atrás, a câmara proibiu a instalação das estruturas de diversão nos jardins, recambiando-as para o espaço junto ao rio, na antiga Seca do Bacalhau, e que Vila do Conde aplaudiu. O que será que fez com que a câmara alterasse a sua postura?! O espaço tornou-se exíguo perante a solicitação?
Bom, quem anda com falta de memória são os inspectores da polícia judiciária que têm sido ouvidos no âmbito do Processo Casa Pia, um caso que aos poucos e poucos também vai caindo no esquecimento. Ao que parece, a resposta mais comum às questões colocadas pela juíza do processo, tem sido um invariável "Não me recordo"!!!
Aliás, uma espécie de vírus epidémica que ameaça tomar conta do país...
Alguém se lembra do caso do Tio do taxista suiço, da foragida de Felgueiras, do Tio com o nome gravado num campo de futebol, ou de um outro que se passeia de metro?
Eu cá, já não... nem me lembro dos nomes, vejam só como anda a minha memória! Nos meus tempos de estudante, passava um anúncio na TV de um rapaz todo feliz a pinchar por cima de livros gigantescos que, quando saltava, gritava: "Fosgluten! Passei!".
Acho que o país está a necessitar de uma dose maciça de Fosgluten... Eu, pelo menos, preciso. Já nem me lembro do nome do treinador da selecção portuguesa! E alguém me pode dizer se Portugal vai jogar?... E com quem?...
DE acordo com o Jornal de Notícias, vão finalmente arrancar as obras para a reconstrução do antigo Cine Teatro Neiva e já no mês de Agosto.
Não percebo porque razão as obras camarárias têm por hábito trabalhar em pleno Agosto, mas tudo bem... a gente aguenta, já que é por uma boa causa...
aspecto do futuro teatro municipal ( via JN)
O projecto estará a cargo do arquitecto Maia Gomes, personalidade bem conhecida dos vilacondenses e autor de algumas das obras emblemáticas do burgo.
Bem que a câmara podia ter optado por este, em alternativa ao fantasbulozo Sinza Vieira... Ganharia Vila do Conde, Mário Almeida não teria quer dar o dito pelo não dito e voltar a abrir buracos para efectuar as tais "pequenas medidas" no mar de asfalto que é a marginal, tão pouco ficaria aborrecido com esta história que lhe fugiu ao controle já que não se trata <apenas do protesto de uma pequena minoria, como um certo pasquim verde insinuou, mas abrange o consenso geral da quasi totalidade da população, militantes socialistas inclusos...
Que chatice, não foi Tio? Um sinal, ainda que ténue, da mudança dos tempos e das vontades...
O xiS, aquele que se diz Repórter e colaborou dois anos com o Quasi Diário, preservando alguns momentos saborosos com a sua visão particular através da objectiva da sua máquina fotográfica, abriu agora o seu blog dedicado exclusivamente a esta arte menor... pffff...
Como ele linkou o QD, só me resta retribuir a amabilidade.
O blog intitula-se «olhares sobre vila do conde» e o autor priveligia o preto e branco em detrimento da cor... este... este desertor...
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